De acordo com as mesmas fontes, o novo prolongamento do Artigo 50.º, que prevê uma revisão intercalar do processo de saída do Reino Unido da União Europeia em junho, está neste momento a ser apresentado à primeira-ministra britânica, Theresa May.

A data de 31 de outubro proposta pela UE a 27 deve-se ao facto de a futura Comissão Europeia entrar em funções em 1 de novembro.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, já deu entretanto conta do acordo a 27, que só necessita do aval de Londres.

“A UE a 27 acordou uma extensão do Artigo 50º. Encontrar-me-ei agora com a primeira-ministra Theresa May para ter a concordância do governo britânico”, escreveu na sua conta oficial na rede social Twitter.

Este novo prolongamento – depois de um primeiro concedido há três semanas, até 12 de abril, já que a data prevista para a concretização do ‘Brexit’ era 29 de março – prevê que o Reino Unido deverá participar nas eleições europeias, caso não ratifique o Acordo de Saída até à data do escrutínio (23 a 26 de maio).

Por não acreditar que o Reino Unido consiga ultrapassar nas próximas semanas a profunda divisão que se regista na Câmara dos Comuns – que já reprovou por três vezes o Acordo de Saída “fechado” em novembro de 2018 entre a UE e o Governo britânico -, a UE a 27 voltou a rejeitar a data sugerida por May, 30 de junho, optando antes por uma extensão mais longa, como defendia Portugal.

A decisão foi acordada pelos 27 ao fim de quase seis horas de Conselho Europeu, e já no início da madrugada de quinta-feira em Bruxelas, sensivelmente às 00:30 (23:30 de quarta-feira em Lisboa).