Eurico Brilhante Dias falava no jantar de Natal do Grupo Parlamentar do PS, em Lisboa, que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e mais de uma dezena de membros do Governo.
O dirigente socialista admitiu que desde o início da legislatura nem tudo correu bem, lamentando que ainda não tenha sido possível aprovar no parlamento a “Agenda do Trabalho Digno”.
“Podemos fazer mais, podemos trabalhar mais. E a Assembleia da República tem que ter a capacidade de responder. E desses obstáculos contínuos que muitas vezes são colocados, serem ultrapassados com inteligência, com tolerância democrática para podermos avançar. Não podemos reduzir a velocidade, temos quatro anos e meio para transformar o país, para recuperar o país, para cumprir o nosso programa e a partir de janeiro cá estaremos mais uma vez para continuar a trabalhar e a fazer progredir o país com mais crescimento e mais coesão”, vincou.
Numa intervenção de cerca de 15 minutos, o líder parlamentar socialista considerou que o PS tem feito um “tricô contínuo” com a oposição para conseguir aprovar e melhorar legislação no parlamento — dando como exemplo o texto final sobre a morte medicamente assistida – sem se desviar da “matriz programática que os portugueses quiseram”.
“No dia em que nós não exercermos a maioria absoluta cumprindo aquilo que os portugueses quiseram que nós fizéssemos, desviamo-nos do compromisso. E isso é algo que nós não vamos fazer, o compromisso é com os portugueses e é esse que nós vamos cumprir”, acentuou.
O líder parlamentar do PS recorreu por várias vezes a números e destacou que ao fim de nove meses, “com o Governo”, o PS foi capaz de aprovar 23 propostas de lei na generalidade, “20, até amanhã, em votação final global” e 25 projetos de lei.
Brilhante Dias salientou que o PS tem uma “grande responsabilidade de ser o referencial fundamental de estabilidade política, mas sendo o referencial de estabilidade política também o referencial de ação política programática que vai construindo cada dia e cada vez mais um país melhor com mais oportunidades para todos”.
“Gostava de sublinhar que é esse princípio reformador, com impulso que quer transformar, mudar, típico do socialismo democrático que está em nós todos os dias e que em grande medida é a alavanca fundamental que usamos todos os dias na Assembleia da República para ajudar, naturalmente com esta maioria, para que o Governo que os portugueses quiseram ter possa de facto implementar, fazer avançar as políticas que os portugueses quiseram”, rematou.
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