“Comuniquei à direção do grupo parlamentar que deixo a vice-coordenação da comissão de Defesa Nacional, saio também do Conselho Estratégico Nacional [do PSD], mas continuarei a fazer o meu trabalho como deputado, não vou desertar”, disse Bruno Vitorino, em declarações à Lusa.

Questionado sobre os motivos da decisão, o deputado, eleito pelo círculo de Setúbal e presidente daquela distrital do PSD, apontou críticas “à organização interna e funcionamento do grupo parlamentar e do partido”.

“São questões que vêm de trás, relacionadas com o funcionamento do grupo parlamentar, uma ausência de debate e um excesso de protagonismo de alguns”, acrescentou.

O deputado Bruno Vitorino, que assumiu recentemente posições críticas em relação à forma como o líder do seu partido, Rui Rio, se posiciona face ao Governo, recusou que a decisão decorra dos resultados do Conselho Nacional de 18 de janeiro, que aprovou por maioria uma moção de confiança ao presidente do PSD.

“Não decorre do Conselho Nacional. Não quero é constituir obstáculo no bom trabalho que o PSD está a fazer em matéria de Defesa, continuarei na comissão de Defesa a cumprir as minhas responsabilidades, mas não na coordenação”, disse.

A coordenação dos deputados do PSD na comissão parlamentar de Defesa Nacional é assegurada pelo deputado Pedro Roque, com Bruno Vitorino como vice-coordenador.

No Conselho Estratégico Nacional do PSD, o coordenador para a área da Defesa é Ângelo Correia e Jorge Neto é o porta-voz. Como deputado, Bruno Vitorino assegurava a interligação entre aquele órgão e a bancada nas matérias de Defesa, segundo o próprio.