“A Comissão Europeia aprovou hoje um investimento de 83 milhões de euros do Fundo de Coesão para melhorar a rede de metropolitano em Lisboa”, anuncia o executivo comunitário, referindo que “o projeto irá melhorar a ligação, eficiência e segurança das linhas de metro”.
De acordo com Bruxelas, a nova linha circular “irá ligar melhor a linha Amarela de Lisboa, que serve a zona com maior densidade de emprego, com a linha Verde”, numa obra que, “uma vez concluída, […] reduzirá os estrangulamentos e os tempos de viagem na área metropolitana da capital portuguesa”.
Além disso, o projeto “assegurará uma melhor ligação entre o centro urbano da cidade e a sua periferia, especialmente para as pessoas que se deslocam dos concelhos de Oeiras, Cascais, Almada, Seixal e Montijo para o Cais do Sodré”, destaca a instituição, prevendo um “aumento significativo” da utilização dos transportes públicos no distrito de Lisboa “após a conclusão do projeto, prevista para 2024”.
Dados das autoridades portuguesas e hoje destacados por Bruxelas indicam que poderá estar em causa uma redução de cerca de 25 milhões de passageiros por quilómetro e uma redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) em perto de cinco mil toneladas por ano.
Citada pela nota de imprensa, a comissária europeia portuguesa com a pasta da Coesão e as Reformas, Elisa Ferreira, destaca que “este projeto trará muitos benefícios à Área Metropolitana de Lisboa”, entre os quais “ligações mais fáceis entre todas as formas de transportes públicos, tempos de viagem mais curtos, redução das emissões de CO2 e melhor acesso a estes serviços, inclusive para as pessoas com mobilidade reduzida”.
O parlamento aprovou em fevereiro uma alteração ao Orçamento do Estado para 2020, que motivou protestos do PS e do Governo, para a suspensão da linha circular do Metropolitano de Lisboa, mas o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que o parlamento apenas formulou uma recomendação, sem suspender qualquer decisão administrativa.
A criação desta linha continua, contudo, a ser contestada por cidadãos e autarcas.
Em maio, o Metropolitano de Lisboa assinou o contrato para a primeira empreitada do plano de expansão da rede, num investimento de 48,6 milhões de euros. O Governo estima iniciar a obra ainda este ano.
O projeto prevê a criação de um anel envolvente da zona central da cidade, com a abertura de duas novas estações: Estrela e Santos.
O objetivo é ligar o Rato ao Cais do Sodré, obtendo-se assim uma linha circular a partir do Campo Grande com as linhas Verde e Amarela, passando as restantes linhas a funcionar como radiais - linha Amarela de Odivelas a Telheiras, linha Azul (Reboleira - Santa Apolónia) e linha Vermelha (S. Sebastião - Aeroporto).
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