“Esta semana, houve interrupções nas entregas, mas, a partir da próxima semana, as entregas irão retomar conforme planeado”, referiu o porta-voz da Comissão para a Saúde, Stefan de Keersmaecker, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário.
Explicitando que, assim que foi informada de que “havia atrasos nas entregas” das vacinas da Pfizer/BioNTech, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, contactou “imediatamente” o conselheiro delegado da Pfizer, o porta-voz referiu que, na altura, foram dadas garantias à presidente do executivo de que “as entregas que foram feitas para o primeiro trimestre serão feitas no primeiro trimestre” e que, nos próximos trimestres, “irá haver um aumento da produção”.
Segundo o porta-voz, após o telefonema entre Von der Leyen e o conselheiro da Pfizer, a Comissão reuniu-se com o Conselho Diretivo responsável pela estratégia de vacinação na UE — e que é constituído por representantes de todos os Estados-membros — tendo a Pfizer anunciado, nessa altura, que o atraso nas entregas seria de “uma semana” e ocorreria na “esta semana”.
Stefan de Keersmaecker referiu assim que, a partir da próxima semana, as entregas irão “retomar conforme planeado” e sublinhou que a Comissão continua a “acompanhar a situação com a empresa”, destacando, no entanto, que “as entregas são uma questão entre a companhia e os Estados-membros”.
“A Comissão assinou um contrato sobre o enquadramento geral, mas as ordens de compra e os acordos de entrega, propriamente ditos são decididos bilateralmente entre os Estados-membros e a empresa, o que é absolutamente normal porque são os Estados-membros que estão melhor posicionados para saber do que precisam tendo em conta as suas campanhas de vacinação”, referiu o porta-voz.
De Keersmaecker referiu ainda que o “importante é que o contrato com a Pfizer/BioNTech seja respeitado” e “seguido à linha”.
“Continuamos em contacto com os Estados-membros e oferecemos o nosso apoio onde podemos e onde é útil, para nos assegurarmos que as entregas têm lugar tal combinado e que se mantêm sem interrupções”, referiu o porta-voz.
O laboratório norte-americano Pfizer advertiu na quinta-feira passada para uma quebra “a partir da próxima semana” nas entregas das vacinas contra a covid-19 na Europa, com vista a melhorar a sua capacidade de produção.
“A redução temporária afetará todos os países europeus”, indicou o Instituto de Saúde Pública norueguês.
“Não é conhecido, de momento, o tempo que poderá levar até a Pfizer regressar à capacidade máxima de produção, que será aumentada de 1,3 para dois mil milhões de doses” por semana, segundo a mesma fonte.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.686 pessoas dos 595.149 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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