A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) entregou segunda-feira um relatório na Assembleia da República que dá conta de um acréscimo de 8825 milhões de euros em impostos, sobretudo por via do IRC, IRS e IVA, escreve o Dinheiro Vivo.

De acordo com estes dados, "a receita aumentou 11,6% no conjunto do ano, o que traduz um incremento nominal homólogo de 11 mil milhões de euros", 4,9 pontos percentuais acima do previsto no Orçamento do Estado (6,7%), fruto sobretudo da "evolução da componente fiscal, que representou 80,3% do aumento total", segundo o mesmo documento.

O contributo fiscal foi, assim, onde o Estado arrecadou mais verba. "IRC, IRS e IVA foram as categorias tributárias que mais impulsionaram a receita fiscal. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o Estado arrecadou mais 24,1% em impostos diretos, que corresponde a um aumento nominal de 6,8 mil milhões de euros, "destacando-se a vitalidade do IRC (57,7%) e do IRS (12,8%)", escreve a UTAO que assinala o máximo histórico cobrado pelo Fisco em IRC: 8,1 mil milhões de euros", lê-se no Dinheiro Vivo.

Contas feitas, o Estado arrecadou 61 879 milhões de euros, um crescimento de 8825 milhões de euros ou de 16,6% face a 2021. Dividindo o valor do crescimento pelos quase 10 milhões de habitantes em Portugal, dá então os tais 882,5 euros que cada cidadão pagou, a mais, em impostos.