Segundo as “Estatísticas Vitais”, do Instituto Nacional de Estatística, no ano passado nasceram com vida 87.126 crianças, o que representa um aumento de 1,9% (1.626 crianças) face a 2015, ainda que mais atenuado do que o observado no ano anterior (3,8%).
Para o abrandamento do ritmo de crescimento do número de nados-vivos verificado em 2016 contribuiu a variação negativa nos meses de setembro (-0,7%), novembro (-0,9%) e dezembro (-4,4%), face aos mesmos meses de 2015, explica o INE.
De acordo com os dados, nasceram mais meninos do que meninas em 2016, 44.789 e 42.337, respetivamente.
O número de mortes também aumentou no ano passado, totalizando 110.535, mais 1,8% relativamente a 2015 (108.539).
“Da conjugação dos valores registados de nados-vivos e óbitos em 2016 resulta, pelo oitavo ano consecutivo, um saldo natural negativo de -23.409, acentuando-se ligeiramente face ao verificado em 2015 (-23.011)”, sublinha o INE.
Do total de óbitos, 55.601 foram de homens e 54.934 de mulheres, sendo que 85% das mortes respeitam a pessoas com 65 e mais anos.
O INE assinala ainda a morte de 278 crianças com menos de um ano, mais 28 do que o registado em 2015, “resultando em uma taxa de mortalidade infantil de 3,2 óbitos por mil nados-vivos (2,9 em 2015)”.
A mortalidade apresenta um padrão geral sazonal, com valores mais elevados nos meses de inverno e mais baixos na primavera e verão.
Em 2016, o mês de dezembro foi aquele em que se observou o maior número de óbitos, contrariamente ao ano anterior em que o maior número de óbitos se registou no mês de janeiro.
Os dados destacam também o aumento da mortalidade nos meses de julho e agosto em 2016 comparativamente com os meses homólogos de 2015.
As “Estatísticas Vitais” do INE apontam ainda um aumento para 52,8% das crianças nascidas “fora do casamento”, contra 50,7% em 2015 e 41,3% em 2010, representando, pelo segundo ano, mais de metade do total de nascimentos.
Este crescimento foi principalmente influenciado pelo aumento da proporção de nascimentos “fora do casamento sem coabitação dos pais”, que quase duplicou, passando de 9,2% em 2010 para 17,1% em 2016.
Entre 2010 e 2016, registou-se um decréscimo de 1,5 pontos percentuais (p.p.) na proporção de nascimentos cujas mães tinham menos de 20 anos e um decréscimo de 8,2 p.p. na proporção relativa a mães com idades entre os 20 e os 34 anos de idade.~
Em contrapartida, verificou-se um aumento de 9,6 p.p. na proporção de nados-vivos de mães com 35 e mais anos de idade.
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