Em conferência de imprensa, o diretor regional da Saúde, Tiago Lopes, indicou que há sete cadeias de transmissão identificadas na região e que nenhuma delas “teve progressão para cadeia comunitária”.
As cadeias de transmissão mais problemáticas são as do concelho da Povoação, com cadeias primárias, secundárias, terciárias e quaternárias, que chegou ao concelho do Nordeste, e a cadeia de transmissão secundária do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.
Sobre os casos da Povoação e do Nordeste, o diretor regional da Saúde adiantou que, “concluídos todos os testes aos contactos próximos identificados desta cadeia de transmissão,” pode-se “dizer que ela está controlada e não desenvolveu, não teve progressão para transmissão comunitária”.
Em relação à cadeia secundária do hospital de Ponta Delgada, “tudo aponta para que tenha cessado”.
Depois de a direção clínica do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, ter hoje garantido que “a situação que se vive no Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia do Nordeste não se deve, nem deveu, a qualquer falha ou falta dos procedimentos do HDES”, Tiago Lopes garantiu que a instituição fez o “trabalho prévio de forma atempada”.
Essa é também a posição do responsável pela Autoridade de Saúde Regional em relação ao Lar de Idosos do Nordeste, que preparou atempadamente um plano de contingência, afirma Tiago Lopes.
Questionado sobre porque é que, ao contrário do que foi feito em casos semelhantes em Portugal continental, neste lar, os utentes com resultados negativos se mantiveram nas instalações e os infetados é que foram retirados, o governante explicou que a decisão foi tomada para garantir os cuidados médicos necessários àqueles que têm covid-19.
O Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia do Nordeste regista já 39 casos de covid-19, um contágio que teve origem numa utente que contraiu o vírus depois de um internamento no hospital de Ponta Delgada.
Das seis mortes registadas na região, quatro são de utentes desta instituição.
No briefing diário, Tiago Lopes destacou que a região tem um número elevado de casos suspeitos, porque está “a considerar, para levantamento e apuramento do número de casos [suspeitos], todos os utentes que, no último mês, passaram pelo Hospital do Divino Espírito Santo, daí o maior número de casos suspeitos nas ilhas da região, que decorrem de rastreio”.
Neste momento, 673 casos aguardam colheita de amostra biologia ou resultados laboratoriais, dos quais 535 são de rastreios.
A faixa etária com mais casos de infeção na região é a acima dos 80 anos, seguindo-se a faixa entre os 20 e os 29 anos, e as mulheres são mais afetadas pelo surto do que os homens.
Os Açores registam um total de 128 casos, verificando-se 15 recuperados, seis óbitos e 107 casos positivos ativos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença COVID-19, sendo 80 em São Miguel, cinco na Terceira, cinco na Graciosa, três em São Jorge, nove no Pico e cinco no Faial.
Ainda não há casos registados nas ilhas das Flores, Corvo e Santa Maria.
A região mantém 2312 vigilâncias ativas.
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