"Já aconteceu o mesmo há uns anos, quando encerraram os postos de correios de São João de Ver e de Escapães, mas as respetivas juntas de freguesias arranjaram uma solução para não perderem esse serviço", declarou Emídio Sousa à Lusa, numa alusão a parcerias dos CTT com outas entidades que permitiram manter o serviço postal em localidades onde os serviços da empresa foram encerrados.

O presidente da Junta de Freguesia de Paços de Brandão, Firmino Costa, confirmou essa possibilidade. "Temos mais do que um interessado em ficar com o serviço dos CTT nas suas lojas ou estabelecimentos privados. Agora é uma questão de reunir com a Câmara e assentar ideias", disse.

Sobre a possibilidade de os serviços postais serem transferidos para o próprio edifício da Junta, Firmino Costa disse que esse seria o último recurso.

"Não temos possibilidade nenhuma de assumir esta responsabilidade e acho que também não vai ser preciso, mas, em última instância, se tudo dependesse só de nós, também não havia de ser por causa da Junta que Paços ia ficar sem correios", garantiu.

O posto dos CTT de Paços de Brandão consta da lista de 22 que a administração dos CTT confirmou que quer fechar em breve.

Também na região de Aveiro, está previsto o encerramento do posto dos CTT em Barrosinhas, na União de Freguesias de Trofa, Segadães e Lamas do Vouga, concelho de Águeda.

Contactado pela Lusa, o presidente daquela União de Freguesias, Carlos Ferreira da Silva, lamentou a decisão relativa a Barrosinhas, mas realçou que a freguesia não perde um serviço essencial.

“O posto das Barrosinhas é essencialmente um posto de distribuição dos CTT. Embora tivesse atendimento ao público não era essa a sua vocação principal. É sempre com pena que vemos fechar os serviços que temos, mas continuamos a ter a estação em Mourisca do Vouga”, disse o autarca.

Na capital do distrito, a lista dos CTT indica o fecho do posto da Universidade.

Contactado pela Lusa, o reitor Manuel Assunção disse que já pediu informação aos serviços para apurar o impacto que esta medida poderá ter na comunidade.

De acordo com um esclarecimento enviado às redações, os CTT referiram que o encerramento destas 22 lojas "não coloca em causa o serviço de proximidade às populações e aos clientes, uma vez que existem outros pontos de acesso nas zonas respetivas que dão total garantia na resposta às necessidades face à procura existente".

Em causa estão os seguintes balcões: Junqueira, Avenida (Loulé), Universidade (Aveiro), Termas de São Vicente, Socorro (Lisboa), Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), Paços de Brandão (Santa Maria da Feira), Lavradio (Barreiro), Galiza (Porto), Freamunde (Paços de Ferreira), Filipa de Lencastre (Belas), Olaias (Lisboa), Camarate, Calheta (Ponta Delgada), Barrosinhas (Águeda), Asprela (Porto), Areosa (Rio Tinto, Gondomar), Araucária (Vila Real), Alpiarça, Alferrarede, Aldeia de Paio Pires e Arco da Calheta (Madeira).

Os CTT adiantam que, numa primeira fase, o encerramento das 22 lojas está sob "consulta" da Comissão de Trabalhadores, "seguindo-se então o contacto com as entidades locais".

[Notícia atualizada às 12:50]