"Nós entendemos que estamos a chegar ao fim da linha. Vamos fazer as últimas démarches [junto da EDP] para que tudo se resolva e para que os ‘timings' sejam mais céleres", observou, Nuno Fonseca, reforçando que, caso contrário, a autarquia irá "caminhar para um processo litigioso, no sentido de rescindir o contrato com a EDP".

Para o presidente da câmara, "esta situação é recorrente" e o município não vai permitir que "continue a acontecer".

"Iremos fazer finca-pé desta reivindicação", prometeu.

O presidente acentuou, também, que as queixas da população têm sido mais frequentes no último ano e praticamente todos os dias chegam à câmara municipal indicações de munícipes e de presidentes de junta em relação às quebras na iluminação pública observadas nas freguesias, mas também, frisou, no centro da sede do concelho.

Nuno Fonseca disse, por outro lado, contar nesta matéria com o apoio dos 20 presidentes de junta, que subscreveram um documento que irá chegar à elétrica.

Nesse documento, ao qual a Lusa teve acesso, pode ler-se: "Se não se verificar a correção de todas as falhas, já anteriormente comunicadas, no prazo máximo de 15 dias (28 de Fevereiro 2020), não restará a este município outra alternativa que não seja a execução dos trabalhos de reparação das mesmas, diretamente ou por intermédio de terceiros, e, consequentemente, imputação de todos os custos que lhe estão inerentes ao concessionário".

Questionado Nuno Fonseca sobre se a situação tem a ver com a recente intempérie que assolou o concelho, referiu que muitos dos problemas que têm sido reportados à EDP são anteriores e recorrentes.

À Lusa, o edil observou que a empresa tem obrigação de cumprir as suas obrigações enquanto prestadora de serviços, da mesma forma que a autarquia o faz todos os meses, como cliente, pagando uma fatura de cerca de 150 mil euros, só para iluminação pública.

Recordando que, como presidente, tem obrigação de "defender os interesses de todos os felgueirenses", anotou estar sobretudo preocupado com a segurança dos munícipes que residem nas zonas mais afetadas pelos problemas na iluminação pública.

Na câmara, concluiu, há mais de 900 situações reportadas à EDP de problemas com luminárias.