A proposta do PCP sobre o encontro internacional de literatura e língua portuguesa, no segundo semestre de 2019 ou no primeiro de 2020, foi aprovada em reunião privada do executivo com votos favoráveis do proponente, do BE e do PS, e a abstenção do CDS-PP e do PSD, segundo disseram à Lusa fontes oficiais.
O documento já havia sido apresentado em maio, mas a sua apreciação acabou por ser adiada.
O PCP quer que a capital seja palco de um "evento literário regular", cuja primeira edição os comunistas pretendem que se realize em 2019.
Segundo a proposta, trata-se de um evento de dimensão internacional, para celebrar “a língua, os livros, a literatura, as leituras e as livrarias em Lisboa, denominado Lisboa Cinco L”.
Está previsto que o “evento seja promovido em toda a cidade, em articulação com as escolas, universidades, freguesias e outros parceiros, envolvendo a população local e garantindo uma diversidade estética, diferenciação de géneros e distintos públicos”.
Os comunistas pretendem também que “seja assegurada a justa remuneração a todos os escritores, animadores culturais/declamadores e atores envolvidos”.
À Lusa, os vereadores do PSD e CDS-PP defenderam a que esta iniciativa deveria ser incluída na Feira do Livro, que se realiza todos os anos no Parque Eduardo VII.
O eleito centrista João Gonçalves Pereira afirmou que esta é uma “iniciativa meritória, mas devia ser integrada na Feira do Livro, para dar outra dimensão à própria feira”.
Ainda assim, João Gonçalves Pereira destacou que “promover hábitos de leitura e promover a língua portuguesa é algo positivo”.
Também para o social-democrata João Pedro Costa “não vale a pena criar vários eventos relacionados com o livro e desvalorizar a Feira do Livro”.
Assim, na sua opinião, “criar um segundo festival do livro não faz sentido”, pelo que a solução poderia passar por “dar novas perspetivas à Feira do Livro”, integrando os dois eventos.
Para o vereador do BE Manuel Grilo, responsável pelas pastas da Educação e Direitos Sociais, a proposta do PCP é “uma excelente iniciativa”, enquanto a vereadora comunista Ana Jara congratulou-se com o facto de o município se ter encarregado de gerir o festival.
“A vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, acolheu o festival e a câmara encarregou-se de o gerir. Isso satisfaz-nos muito e dá-nos garantia de que vai ser um festival da cultura da cidade e para a cidade”, sublinhou Ana Jara.
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