Uma das propostas aprovadas na reunião do executivo camarário que decorreu esta tarde, subscrita pelo vereador com o pelouro dos Direitos Sociais e da Educação, Manuel Grilo (BE, partido que tem um acordo de governação da cidade com o PS), diz respeito à concretização do projeto “Residência Solidária de Lisboa”, com 25 vagas em quartos individuais, duplos e de casal.
O projeto de Residência Solidária, que terá um apoio financeiro total de 146 mil euros, prevê que seja proporcionado alojamento temporário de emergência a pessoas em situação de sem-abrigo e que sejam satisfeitas as suas necessidades básicas, como o apoio na toma de medicação.
De acordo com a proposta, no âmbito do projeto será também facultado apoio psicossocial e acompanhamento permanente e individual a todas as pessoas alojadas na residência, promovendo as suas competências, ajudando na criação de rotinas diárias, na procura ativa de emprego e no encaminhamento para respostas adequadas às suas necessidades.
“O objetivo final é a integração em mercado de trabalho e a autonomização”, lê-se na proposta.
A outra proposta, igualmente subscrita pelo vereador Manuel Grilo e também aprovada por unanimidade, prevê a disponibilização de quatro “apartamentos de transição” em habitação pública de tipologias T1 e T3, “dirigidos a pessoas em situação de sem-abrigo com potencial de inserção na vida ativa”.
Numa nota do gabinete do vereador responsável pelo pelouro dos Direitos Sociais e Habitação é referido que estes dois projetos sociais “responderão a dezenas de pessoas em momento de transição da situação de sem-abrigo para uma vida autónoma”.
Os projetos, lê-se na nota, “garantem não só a habitação, como seguem as metodologias mais inovadoras de integração social desta população”.
Assim, existirá um acompanhamento por parte de técnicos especializados para auxiliar os utentes na sua integração social, seja no acesso a cuidados de saúde, a direitos de cidadania, ou na procura de emprego.
A Residência Solidária será gerida pela Associação Vida Autónoma e o projeto "apartamentos de transição" cedidos pelo pelouro da habitação da Câmara Municipal de Lisboa será gerido pela Organização Não Governamental Ares do Pinhal.
“Com experiência comprovada de trabalho no terreno, estas organizações contarão com a colaboração da Câmara Municipal de Lisboa nos próximos 12 meses, renovável até três anos”, lê-se ainda na nota, salientando-se que estas soluções reforçam os projetos já existentes, nomeadamente de “Housing First”, que contarão até ao próximo ano com 380 habitações para sem-abrigo.
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