No âmbito do programa “Há Vida no Meu Bairro”, do pelouro do Urbanismo da autarquia lisboeta, foi apresentado na Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão o projeto de requalificação da Praça das Novas Nações e Rua de Angola, na freguesia de Arroios.
Segundo o resumo do projeto, a que a Lusa teve acesso, prevê-se que na Praça das Novas Nações, atualmente a funcionar como rotunda e com sentidos únicos seja criada efetivamente uma “praça” em frente à Escola Básica Sampaio Garrido e com sentidos unidos descendentes.
Em alternativa aos 16 lugares de estacionamento e muito trânsito de atravessamento em frente à entrada da escola, propõe-se o aumento das sete árvores em frente ao estabelecimento de ensino para 16 árvores no arruamento, a relocalização da paragem do autocarro e criação de uma zona de “drop off/drop-on”.
O atual espaço infantil, a praça pouco apelativa e as passadeiras sem piso tátil e com ressalto deverão dar lugar a uma recuperada zona de recreio infantil e a novas zonas de coexistência.
Para a Rua de Angola, com dois sentidos de trânsito, 26 lugares de estacionamento, sem árvores, passadeiras sem piso tátil e com ressalto e passeios estreitos e degradados, o projeto prevê um sentido de trânsito descendente, 33 lugares de estacionamento, 12 novas árvores, passadeiras sobrelevadas, aumento e requalificação de passeios.
Além de procurar resolver o problema da grande exposição solar nas zonas pedonais, os planos da autarquia visam a “melhoria da mobilidade e acessibilidade” na zona, de acordo com o projeto para esta zona do antigo Bairro das Colónias (rebatizado das Novas Nações em 1975), que deverá ficar concluído em julho.
Numa nota enviada à Lusa, a vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, eleita pela coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/PPM/MPT/Aliança), explica que a intervenção é um projeto-piloto do programa “Há Vida no Meu Bairro” e “tem como principais objetivos garantir a acessibilidade pedonal segura a equipamentos e serviços de proximidade” e “melhorar a ligação entre diferentes atividades e espaços urbanos”.
A promoção da “acalmia de tráfego através do reperfilamento das vias, reordenamento do estacionamento e aumento do espaço pedonal” também fazem parte dos objetivos da intervenção, assim como “criar maior conforto térmico com mais árvores” e “promover o convívio entre moradores e comunidade escolar, aumentando o espaço de estar, lazer e encontro”, acrescenta.
“Estamos a falar de uma área de intervenção de 5.300 metros quadrados, com início de obra na primeira metade de 2025”, adianta Joana Almeida.
O programa “Há Vida no Meu Bairro”, refere ainda a autarca, “é a aplicação prática do conceito da ‘Cidade dos 15 Minutos’ em Lisboa”, uma “forma de olhar para as cidades onde as principais funções urbanas – comércio, espaços verdes e de lazer, educação, cultura e saúde – estão a uma curta distância”.
“Este programa promove uma rede pedonal confortável e segura nos bairros da cidade e vai ter perto de duas dezenas de obras concluídas ou lançadas ainda neste mandato”, frisa a vereadora, assegurando que a autarquia está “em diálogo permanente com todas as freguesias da cidade para identificar as prioridades de intervenção” e “promover mais e melhor espaço público”.
Os projetos-piloto no espaço público vão acontecer nas 24 freguesias do município, e os critérios para a seleção das intervenções incluem a envolvente de escolas e outros equipamentos públicos, envolvente do comércio de rua, valorização de largos como espaços de convivência comunitária e ruas centrais pouco confortáveis ou seguras para o peão.
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