Em declarações à agência Lusa, à margem da reunião pública da autarquia, que decorre esta tarde nos Paços do Concelho, o vereador com o pelouro do Urbanismo explicou que a requalificação se prende com “obras de urbanização e arranjos de espaço público”, que incluem saneamento, eletricidade, iluminação pública, abastecimento de água, combate a incêndios, telecomunicações, arruamentos viários e estacionamento, rede de circulação pedonal e arquitetura paisagista.

Manuel Salgado (PS) referiu que este é um “bairro de autoconstrução” em terrenos municipais, que foram ocupados por pessoas vindas das ex-colónias e para o qual nunca tinha sido feita uma operação de loteamento.

Há cerca de dois anos, a Câmara de Lisboa aprovou a operação de loteamento, sendo que a situação está a ser legalizada e as habitações estão a ser vendidas às pessoas que lá vivem.

De acordo com a proposta assinada pelo responsável pelo pelouro do Urbanismo e apreciada hoje, o município vai lançar um concurso público para a requalificação do bairro, no valor de 4,1 milhões de euros sem IVA.

“O bairro não tem rede de gás ou de telecomunicações, a iluminação é aérea e a rede de esgotos muito precária. Já no que se refere ao espaço de superfície, as vias rodoviárias estão em muito mau estado e as vias pedonais são inexistentes”, lê-se no documento.

A decisão de contratação desta obra mereceu aplausos de alguns cidadãos que assistiam à reunião.