Em declarações aos jornalistas, após a reunião que decorreu durante mais de uma hora e meia, nos dois blocos do edifício onde estão as seis frações ainda ocupadas, José Maria Costa disse que continua a negociar com os restantes sete moradores a sua saída.

Questionado sobre se vai ser utilizada força, no caso de não haver acordo, e os moradores continuarem a recusar-se a sair, José Maria Costa não respondeu, afirmando apenas que as “condições de habitabilidade começam a ficar esgotadas” e que espera que saiam “com dignidade e a bem”.

O autarca revelou que vai agora reunir-se com os advogados dos moradores na sede da sociedade VianaPolis.

A Sociedade VianaPolis iniciou cerca das 08:30 de hoje os trabalhos de desconstrução das frações desocupadas no prédio Coutinho, em Viana do Castelo, sendo que no interior do edifício permanecem nove moradores que se recusam a entregar seis habitações.

O Edifício Jardim, localmente conhecido como prédio Coutinho, tem desconstrução prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis, mas a batalha judicial iniciada pelos moradores travou aquele projeto iniciado quando era António Guterres primeiro-ministro e José Sócrates ministro do Ambiente.

Para o local onde está instalado o edifício está prevista a construção do novo mercado municipal da cidade.

A ação de despejo dos últimos moradores no prédio estava prevista cumprir-se às 09:00 de segunda-feira, na sequência de uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga, de abril, que declarou improcedente a providência cautelar movida pelos moradores em março de 2018.