Na reunião de Câmara de hoje, tal como já acontece há vários anos, foi aprovado um protocolo que estabelece um apoio ao Cantinho dos Animais Abandonados de Viseu. Para este ano, o apoio será de 60 mil euros e, para 2019, de 70 mil euros.

“O protocolo foi, no fundo, aperfeiçoado”, afirmou o autarca, explicando que este se insere “num contexto global da política do município em relação aos animais”, aproveitando aquilo que “a sociedade está a fazer bem feito”.

Almeida Henriques frisou que, em Viseu, ao invés do abate de animais, existe “uma política muito ativa de adoção” dos cães por parte do Cantinho e os gatos são mantidos no seu habitat, através da esterilização.

No entanto, considerou que municípios vizinhos terão dificuldades de cumprir a lei que proíbe o abate de animais se não houver “uma política concertada”.

“Se num município se forem recolhendo sistematicamente animais, que são colocados nos canis municipais, e depois não houver uma política de promoção da adoção, a determinada altura o município terá ali umas centenas de animais”, alertou.

O autarca disse que, por vezes, “as leis são bonitas, depois a sua aplicação é que é um bocadinho mais complicada”.

Por isso, defendeu que se deviam valorizar instituições como o Cantinho dos Animais Abandonados de Viseu e outras existentes “e pô-las a trabalhar em rede no sentido de adoção”.

Almeida Henriques gostaria que este tema pudesse vir a ser discutido no âmbito da CIM, “para que haja uma política integrada, para que haja efetivo cumprimento da lei”.

“Felizmente, Viseu está preparado, mas eu não tenho dúvidas de que há municípios no país que vão ter muita dificuldade em cumprir o que a lei define”, acrescentou.