"Ainda ontem tive oportunidade de falar à noite com o ministro [do Ambiente] que me garantiu que estão a avançar muito rapidamente. A última coisa que estão a fazer é uma avaliação da STCP. A avaliação da STCP naturalmente vai dar zero, mas que era preciso, do ponto de vista das Finanças, fazê-lo", disse.
A garantia foi deixada na reunião do executivo de hoje, onde Moreira explicou que só após a conclusão do processo de municipalização será possível tomar medidas "de imediato", no sentido de aumentar a capacidade da rede.
"Toda a dívida histórica e toda a litigância passada ficará no Estado e, a partir daí, nós estaremos em condições de tomar um conjunto de medidas imediatas para resolver isto", argumentou, explicando que a municipalização da STCP vai permitir à empresa aumentar a sua capacidade em mais 30%.
Nesta altura, reiterou o autarca, o "figurino" definido abre a porta a participação de todos os municípios, já que "o que o Governo quer determinar na lei é que o futuro endividamento da STCP não entra para o perímetro da dívida municipal (...). A partir daí será uma empresa municipal em que participarão os seis municípios", sublinhou.
O jornal Público avança hoje que o Governo quer entregar a STCP à Câmara do Porto até às eleições, estando neste momento a tutela "a trabalhar no decreto-lei para transferir a propriedade" da empresa pública onde, deste 2018, seis municípios da Área Metropolitana do Porto têm um papel na gestão e financiamento da componente de serviço público,
Aquele jornal avança ainda que as câmaras de Gaia, Matosinhos, Gondomar, Valongo e Maia já escreveram à tutela, assumindo que concordam com um modelo proposto pelo Porto e no qual este município assumirá a maioria do capital da empresa (54%), sendo o remanescente dividido entre os vizinhos.
Esta confirmação surge no mesmo dia em que o presidente do conselho de administração da transportadora, Paulo Azevedo, apresentou a sua demissão.
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