De acordo com uma proposta que vai a análise na reunião pública do executivo, na quinta-feira, a que a Lusa teve hoje acesso, no âmbito de “consolidar mecanismos que potenciem a rentabilização dos meios já disponíveis para os cidadãos em situação de fragilidade extrema, no âmbito da Estratégia Local de Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, “pretende-se desenvolver, designadamente, atividades de formação em carpintaria e hotelaria” naquele espaço.
Para isso, o vereador do pelouro da Habitação e Coesão Social, Fernando Paulo, leva a aprovação do executivo uma adenda ao protocolo estabelecido com o Centro Hospitalar do Porto, em julho de 2016, que prevê a cedência do espaço de cozinha e refeitório, bem como o espaço das antigas oficinas, localizados no perímetro do Hospital Joaquim Urbano.
No âmbito da Estratégia Local de Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, acrescenta a proposta, “é fundamental o desenvolvimento de atividades que permitam a ocupação das pessoas que estão integradas no centro de alojamento temporário de emergência, com vista à sua reabilitação e inserção na vida ativa”, lê-se na proposta.
O documento acrescenta ainda que “nas antigas instalações do Hospital Joaquim Urbano existe um espaço de cozinha e refeitório e um espaço de oficinas que se encontram atualmente desativados e que reúnem as características necessárias para o desenvolvimento das atividades referidas”.
A Câmara do Porto assinou a 08 de julho de 2016 os protocolos com instituições do concelho que permitiram o arranque "imediato" do programa municipal de apoio a pessoas em situação de sem-abrigo.
Uma das entidades que assinou protocolos foi o Centro Hospitalar do Porto, que cedeu o pavilhão Álvaro Pimenta, enfermaria do Hospital Joaquim Urbano, para que ali funcione o Centro de Acolhimento de Emergência.
A Câmara do Porto tinha aprovado nessa semana, por unanimidade, um plano para alargar a capacidade de respostas aos sem-abrigo através da criação de uma equipa multidisciplinar, restaurantes solidários, centro de acolhimento de emergência e alojamento de longa duração.
Na reunião camarária pública de 05 de julho de 2016, a proposta global de intervenção mereceu a aprovação unânime do executivo, ao passo que duas das iniciativas setoriais (a criação de uma equipa de rua e o protocolo para a criação do primeiro restaurante solidário) contaram com a abstenção da CDU.
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