Em comunicado hoje enviado às redações, a Câmara de Valença, segunda cidade do distrito de Viana do Castelo, adiantou que, além do circuito interno de videovigilância, o Conselho Municipal de Educação, convocado na sequência daquele caso de violência, no dia 26 de novembro, decidiu manter a segurança privada.
Aquele serviço foi acionado pela autarquia, liderada pelo socialista José Manuel Carpinteira, logo após a rixa entre dois grupos de alunos que feriu dois estudantes, de 13 e 16 anos, e duas funcionárias, de 48 e 56 anos, que tentaram separar os jovens.
O serviço contratado pelo município, apenas até ao final do atual período letivo, vai ser prolongado por decisão do Conselho Municipal de Educação.
Na reunião daquele órgão, na última quinta-feira, foi ainda decidido contratar um mediador de conflitos que trabalhe com todos os membros da comunidade escolar e solicitar a presença dos agentes da Escola Segura (GNR) com maior frequência.
Foi ainda decidido propor uma melhor articulação com o Gabinete de Apoio à Família (GAF) e sensibilizar a tutela para a transferência dos alunos para outros estabelecimentos, quando a Escola esgotar todas as punições previstas.
Presidido pelo autarca José Manuel Carpinteira, o Conselho Municipal de Educação contou ainda com a presença do vereador da Educação, assim como com a diretora do agrupamento de escolas Muralhas do Minho, e representantes do ensino público superior, do pessoal docente do ensino secundário público, do pessoal docente do ensino básico público, da associação de pais e encarregados de educação, das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), que desenvolvem atividade na área da educação, dos serviços de emprego e formação profissional, e das forças de segurança, assim como do Conselho Municipal de Juventude.
As agressões ocorridas na última sexta-feira não são caso único na escola EB 2,3/S, com mais de 800 alunos, e recentemente alvo de obras de requalificação de 3,2 milhões de euros.
Em outubro de 2019, mais de 100 pessoas, entre professores, pais e auxiliares, participaram num cordão humano exigindo uma escola mais segura.
A ação decorreu na sede do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho, na sequência da alegada agressão, dos encarregados de educação de uma aluna a dois professores e dois auxiliares de ação educativa.
O cordão humano promovido pela comunidade educativa contou com o apoio do Sindicato dos Professores do Norte (SPN) e do Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que exigiram “medidas urgentes para travar este tipo de casos, cada vez mais frequentes nas escolas”.
Em 2016, a direção do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho foi confrontada uma alegada ameaça com arma branca de um aluno a outro no recreio do estabelecimento de ensino.
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