“Sendo um projeto criado de raiz por um parceiro estratégico, como é o caso da FPF, obviamente que vemos sempre com bons olhos [o novo canal] e, desde a primeira hora, demos o nosso apoio e temos estimulado que este seja um projeto de sucesso”, disse Alexandre Fonseca.
Estas declarações, hoje reproduzidas pela imprensa nacional, foram feitas na sexta-feira aos meios institucionais da FPF, à margem da assinatura de um protocolo com aquela instituição para reforço da parceria entre as duas entidades (nomeadamente através do patrocínio oficial da Seleção Nacional), num evento privado.
Já quanto a um possível acolhimento do intitulado ‘Canal 11’, disse que a Altice terá de “equacionar as melhores formas de fazer parte”.
“Não tenho dúvidas que o ‘Canal 11’ será um sucesso e será um sucesso também na plataforma Meo”, acrescentou Alexandre Fonseca.
A Lusa questionou a Altice, mas fonte oficial da operadora escusou-se a dar mais informações, confirmando apenas a intenção, mas ressalvou que “ainda não está nada oficializado”.
Naquelas declarações, Alexandre Fonseca realçou ainda que a Altice, dona da Meo, tem “vindo a tentar alargar a presença no mercado” do entretenimento e salientou que o objetivo é “ter os melhores conteúdos, os conteúdos mais relevantes para os clientes”.
“Nessa perspetiva, juntar um canal que traz a marca Portugal, um canal que traz o sucesso que tem tido esta organização […] a esta parceria estratégica penso que faz todo o sentido”, adiantou.
Em junho, fonte da FPF confirmou à Lusa que o antigo diretor de informação da RTP e ex-diretor da SIC Notícias Nuno Santos vai dirigir o novo canal de televisão a criar por aquela instituição.
Falando à Lusa na altura, Nuno Santos disse ser “uma ideia fantástica, diferente de tudo o que existe e muito necessária para a divulgação e promoção do futebol português, em Portugal e no mundo”.
O jornal Público noticiou, também em junho, que Nuno Santos iria dirigir a plataforma de conteúdos da FPF, “que incluirá um canal de televisão que estará no ar em [março de] 2019”, com a designação ‘11’.
Segundo aquela publicação, “os planos da FPF incluem um canal de televisão em nome próprio, a alcançar quatro milhões de lares logo à partida, dedicado ao acompanhamento de jogadores, técnicos e responsáveis da modalidade”, pretendendo-se que este seja “um meio relevante no panorama audiovisual português, focando-se no futebol e contrabalançando a análise extensiva de ‘casos’ feita por outros canais”.
“Haverá uma aposta nos diretos e na interação através das redes sociais e não está afastada a hipótese de o canal ir a jogo no mercado dos direitos de transmissão de campeonatos”, acrescentou o Público naquela altura.
A participação neste projeto significa o regresso de Nuno Santos a Portugal, após ter estado nos últimos dois anos a dirigir a unidade de negócios da produtora e distribuidora de conteúdos ‘The Story Lab’, com sede em Londres e ligada à multinacional Dentsu Aegis Network.
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