Cancelada, “lamentavelmente, por motivos de saúde” do arquiteto, segundo o CCB, a conversa abria as iniciativas da última semana da exposição “Neighbourhood – Where Álvaro Meets Aldo”, que representou Portugal na Bienal de Arquitetura de Veneza 2016, patente em Lisboa, no CCB, desde o passado dia 14 de novembro, e que encerrará no dia 11 de fevereiro.

Segundo o CCB, mantém-se na programação o debate de encerramento, a realizar no sábado, às 17:00, na Garagem Sul, com os arquitetos Tiago Mota Saraiva, Ricardo Agarez e André Tavares, que modera o encontro.

Depois de ter sido apresentada na Bienal de Arquitetura de Veneza em 2016, a mostra está patente no CCB em parceria com a Direção-Geral das Artes (DGArtes), responsável pela organização da representação oficial portuguesa.

O tema central da mostra é o trabalho de Álvaro Siza Vieira no domínio da habitação social, abarcando os seus projetos em diferentes contextos, nomeadamente no Campo di Marte, em Veneza, o Schlesisches Tor, em Berlim, o Schilderswijk West, em Haia, e o Bairro da Bouça, no Porto.

O título da mostra estabelece a relação com o arquiteto italiano Aldo Rossi, autor de projetos construídos na vizinhança dos de Siza Vieira, em Veneza.

A exposição documenta igualmente o regresso do arquiteto português – que recebeu o Leão de Ouro de Veneza em 2012 – aos quatro bairros, em 2016, neles confrontando-se com fenómenos como a imigração, a ‘guetização’, a ‘turistificação’ e a ‘gentrificação’ das cidades.

Maquetes, fotografias, textos e cartas fazem parte desta exposição, dividida em três núcleos.

O projeto de loteamento de habitação social que Siza Vieira desenhou há mais de 30 anos para o Campo di Marte, cuja construção ficou incompleta, já foi alvo do lançamento do concurso para a continuação e conclusão da edificação.

Na exposição, é feita uma ligação entre os projetos para a mesma habitação social idealizados por Siza e pelo arquiteto italiano Aldo Rossi, com quem partilhava ideias comuns, nomeadamente quanto às questões da vizinhança cidadã e multicultural.

Álvaro Siza tem vindo a trabalhar estas noções, em contacto, entre outras, com a cultura arquitetónica italiana, e em particular com o legado conceptual e ideológico de Aldo Rossi, cujo ensaio “A Arquitetura da Cidade” fez 50 anos em 2016.

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