“Após várias reuniões de negociação [com a Câmara Municipal de Setúbal], foi possível chegar a um acordo com o município para o cancelamento da greve com efeitos imediatos”, anuncia um comunicado divulgado pelo SNBS.
Entre outras reivindicações, os bombeiros sapadores de Setúbal exigiam que os horários de trabalho fossem definidos para todo o ano, para melhor poderem conciliar a vida familiar com a vida profissional e a marcação de férias, o reforço do número de bombeiros em cada turno e o pagamento de trabalho suplementar a partir das 35 horas semanais.
Reivindicavam também o afastamento do anterior comandante da corporação, que acusavam de assédio laboral, e que, entretanto, já foi substituído.
Em declarações à agência Lusa, Ricardo Cunha, do SNBS, admitiu que o “acordo só foi possível com cedências de ambas as partes”, mas considerou que “foram alcançados quase todos os objetivos que levaram à greve na Companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal”.
Ricardo Cunha reconheceu que os bombeiros também cederam no número de efetivos em cada turno, uma vez que reivindicam 27 elementos por turno, como estabelece o Regulamento Interno, mas acabaram por aceitar um efetivo de apenas 20 elementos por turno.
“Ter 20 bombeiros em cada turno já significa uma melhoria significativa, dado que, nos últimos tempos, chegou a haver turnos diários que tinham apenas oito ou nove bombeiros”, justificou, acrescentando que a Câmara de Setúbal se comprometeu a lançar uma nova recruta para mais 20 elementos já no próximo ano de 2024.
Ricardo Cunha lembrou ainda que a greve dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, iniciada a 16 de novembro do ano passado, apesar de muito prolongada, abrangia apenas tarefas internas e “nunca colocou em causa a prestação de socorro às populações”.
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