Em declarações à imprensa, no final da sua votação, o candidato da Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA) a Presidente da República nestas eleições apelou ao voto, salientando que nos últimos 30 dias lutou para que "acabe a pobreza em Angola".
E para que Angola possa dar um salto qualitativo, como um país novo, "que deve conhecer outros desenvolvimentos".
"Nós colocamos estas eleições sob o signo da paz, da reconciliação e da consolidação da democracia", disse Lucas Ngonda.
O político disse esperar que, nestas eleições, o parlamento saia equilibrado e que "quem ganhou não ganhe tudo".
"Saio com sentimento de dever cumprido. Nós lutámos, andámos o país todo, hoje é o dia 'D' e esperamos que o povo angolano, que é soberano, se exprima com justiça e que saia daqui o sistema político capaz de trabalhar para que o povo angolano possa ser feliz", disse.
Por sua vez, o candidato da Aliança Patriótica Nacional (APN) a Presidente da República considerou o momento de "festa", exortando a todos os eleitores para que se dirijam às assembleias de voto e "escolham o melhor".
"Angola está em festa, festa grande, festa da democracia e todos nós angolanas e angolanos devemos participar neste exercício democrático, nesta festa democrática, por isso, insto que todos vão à assembleia de voto para poderem votar", referiu Quintino Moreira.
O líder da mais nova formação política angolana referiu ainda que está preparado aceitar os resultados saídos destas eleições, lançando, contudo, críticas ao processo eleitoral que "não foi cem por cento correto".
"Por isso vamos, em conferência de imprensa, fazer referência como foi o processo desde a fase pré-eleitoral e os 30 dias da campanha eleitoral", salientou.
Já o candidato do Partido de Renovação Social (PRS) a Presidente da República, Benedito Daniel, manifestou a sua satisfação pelo dia de hoje, ato que vai normalizar o processo democrático angolano.
"E escolhermos os melhores, para poderem conduzir este país, que achamos que deve aprofundar a sua democracia, devolver a dignidade aos cidadãos angolanos e ter uma governação com transparência e sobretudo devolver a vida justa para os angolanos", disse Benedito Daniel, a concorrer pela primeira vez numa eleição.
Angola realiza hoje as suas quartas eleições, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.
A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
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