Amirhossein Ghazizadeh Hashemi, de 53 anos, desistiu da candidatura e instou outros candidatos a fazerem o mesmo “para que a frente da revolução seja fortalecida”, informou a agência de notícias estatal iraniana IRNA.
Ghazizadeh Hasehmi serviu como um dos vice-presidentes de Raisi e como chefe da Fundação para os Assuntos dos Mártires e Veteranos. Ele concorreu nas eleições presidenciais de 2021 e recebeu pouco menos de um milhão de votos, ficando em último lugar.
As eleições de sexta-feira terão assim cinco conservadores, incluindo o líder Mohamad Baqer Qalibaf e o ultraconservador Saeed Jalilim, que lidera as sondagens juntamente com o único candidato reformista, Masoud Pezeshkian.
Na terça-feira, o ex-Presidente iraniano Mohammed Khatami (1997-2005) afirmou apoiar Pezeshkian e disse que o Irão precisa de “mudanças baseadas na crença na dignidade humana”, face à crise atual.
Khatami afirmou também que não votou nas eleições de 2021, nas quais o vencedor foi Raisi, depois de os candidatos reformistas terem sido desqualificados pelo Conselho dos Guardiães, um órgão que veta os adversários políticos.
Este órgão de juristas permitiu agora que Pezeshkian concorresse.
O médico de 69 anos apresentou o seu hipotético governo como um “terceiro mandato” de Khatami, o primeiro presidente reformista que promoveu alguma abertura no Irão, e comprometeu-se a melhorar as relações com o Ocidente e criticou a política do véu, de uso obrigatório para as mulheres no país.
Pezeshkian conta também na sua equipa com ‘pesos pesados’ do bloco reformista, como Mohamed Yavad Zarif, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros do antigo Presidente Hasan Rohani (2013-2021).
No entanto, entre os eleitores, reina o ceticismo e a apatia, no meio de uma economia em crise, afetada por uma inflação de 40% e um rial (moeda local) desvalorizado.
O líder supremo do Irão, ayatollah Ali Khamenei, apelou na terça-feira ao voto nas eleições presidenciais de sexta-feira para “derrotar o inimigo”.
As eleições parlamentares de março registaram a taxa de participação mais baixa dos últimos 45 anos da República Islâmica, quando apenas 41% do eleitorado foi às urnas, enquanto 48% votaram nas presidenciais de 2021.
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