
Cabeça de lista do Chega pelo círculo fora da Europa, António Maló de Abreu alterou a sua declaração de residência ao parlamento de Coimbra para Luanda enquanto era deputado do PSD, noticia a Sábado.
A mudança, operada entre a XIV e a XV Legislaturas, valeu-lhe mais 75 mil euros em subsídios e ajudas de custo, afiançou a mesma revista — quase o dobro em ano e meio do que nos três anos de legislatura anterior.
Fonte oficial do gabinete do secretário-geral da Assembleia da República confirmou à Sábado que, "na atual XV Legislatura, sendo eleito pelo círculo de emigração de fora da Europa, reside em Angola/Luanda, conforme certificado de residência emitido pelo Consulado-Geral de Portugal em Luanda. Na anterior legislatura residia no círculo eleitoral pelo qual foi eleito, Coimbra, de acordo com a informação da morada obtida da leitura do cartão de cidadão".
No entanto, fontes do PSD e do parlamento afirmam que, apesar dessa nova morada declarada, Maló de Abreu viveu quase sempre em Portugal durante o período em causa. "Tirando viagens políticas, fazia vida em Lisboa e Coimbra", disse um dirigente à revista. Já o atual candidato pelo Chega recusou-se a responder às perguntas da Sábado, assim como o presidente do novo partido onde milita, André Ventura.
Recorde-se que uma das bandeiras do partido de extrema direita é aquilo que afirma tratar-se da "subsidiodependência" vigente no país. Aliás, na convenção do Chega, decorrida entre 12 e 14 de janeiro, Ventura abordou o tema. “Desde o dia 1 do nosso governo a fiscalização à subsidiodependência vai ser uma realidade em Portugal”, garantiu o líder do Chega reiterando um tema que lhe é caro, o do fim do rendimento social de inserção (RSI).
“Desde o dia 01 do nosso governo a fiscalização à subsidiodependência vai ser uma realidade em Portugal”, garantiu o líder do Chega reiterando um tema que lhe é caro, o do fim do rendimento social de inserção (RSI).“Para politicamente correto já temos o PSD, não precisamos de mais”, afirmou.
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