O social-democrata, líder do executivo desde o final de 2021 e que ainda não se pronunciou sobre uma eventual recandidatura, falava aos jornalistas após ter visitado o espaço onde está a ser construída uma creche na Rua Fresca, que terá capacidade para 84 crianças, dos 4 aos 36 meses, na freguesia da Misericórdia.

“Finalmente, depois de tantas escolhas e mais escolhas e mais rumores, o Partido Socialista decidiu por uma candidata que representa o que tem vindo a ser este PS de Pedro Nuno Santos, que é um PS radical, a radicalizar-se, e eu penso que as cidades precisam de moderação”, disse.

Pedro Nuno Santos confirmou na terça-feira o nome de Alexandra Leitão como candidata do PS à Câmara de Lisboa, considerando ser um “sinal da aposta forte” do partido e a “pessoa certa”, e destacando o perfil de "realização e concretização" da líder parlamentar socialista.

Hoje, Carlos Moedas (eleito pela coligação PSD/CDS/Aliança/MPT/PPM) frisou que as cidades “não precisam de radicais” e recusou fazer comentários sobre a pessoa em questão, mas sublinhou que o Partido Socialista está a seguir “essa linha” e defendeu que uma cidade “é moderação e sobretudo conhecimento”.

Questionado sobre se a campanha às autárquicas em Lisboa será entre a radicalização de Alexandra Leitão e a moderação de Carlos Moedas, o atual presidente da câmara afirmou não ser o momento de apresentar candidatura.

“Repito, não sou candidato [atualmente], mas eu represento, e as pessoas sabem disso, esse campo da moderação na política, que eu penso que é essencial para uma cidade, porque uma cidade não é feita de escolhas ideológicas”, insistiu.

Carlos Moedas, que governa a capital sem maioria absoluta, apontou ainda que sempre esteve ligado às cidades e lembrou o seu passado ligado a esta área, olhando também para a educação e a tecnologia, esperando agora ver quais são as ideias que Alexandra Leitão irá apresentar.