À saída de uma “cimeira social” de líderes da União Europeia, em Gotemburgo, Suécia, António Costa, questionado sobre se aproveitou a ocasião para discutir com parceiros europeus a eventual candidatura de Mário Centeno ao Eurogrupo e a candidatura do Porto a acolher a sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA), referiu que “nenhum dos temas esteve em agenda”, mas reconheceu que contactos “há sempre, como é evidente”.
“Como sabe, para o Eurogrupo a apresentação das candidaturas está aberta até dia 30. E relativamente às cidades, o Porto será seguramente um grande destino para a agência (EMA). Espero que venha a reunir os votos necessários na primeira volta, na segunda volta, e ganhe na final”, disse, referindo-se à eleição das cidades que acolherão as duas agências que saem do Reino Unido devido ao ‘Brexit’, a ter lugar na próxima segunda-feira, em Bruxelas.
Relativamente ao Eurogrupo, as decisões ainda não são para já, pois hoje mesmo ficou a saber-se que os eventuais interessados na sucessão a Jeroen Dijsselbloem à frente do fórum de ministros das Finanças da zona euro podem apresentar as suas candidaturas até ao final do mês.
“Vamos ver. Neste momento, o prazo de candidaturas abriu hoje, temos até dia 30 para tomar uma decisão. Cada coisa no seu devido momento. Há várias possibilidades sobre o futuro do Eurogrupo, sobre o futuro da sua presidência, e portanto tomaremos a decisão no momento próprio”, disse.
Face à insistência dos jornalistas, disse que não vale a pena estar “a fazer especulações sobre uma candidatura que ainda não existe, e quando ela existir será apresentada”.
Os países da zona euro receberam já uma carta oficial de convite à apresentação de candidaturas ao cargo de presidente do Eurogrupo, podendo os interessados manifestar o seu interesse até quatro dias antes da votação, agendada para 04 de dezembro.
A carta formal, enviada na quinta-feira pelo secretariado-geral do Conselho da União Europeia aos 19 membros da zona euro, explica os procedimentos para a eleição do presidente do Eurogrupo, sendo a principal novidade o facto de os candidatos poderem formalizar o seu interesse no cargo até 30 de novembro às 12:00 de Bruxelas (11:00 de Lisboa), quando à partida as candidaturas deveriam ser apresentadas até duas semanas antes da eleição, ou seja, no início da próxima semana.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, que há meses tem sido apontado em Bruxelas como sério candidato ao cargo – e que no último Eurogrupo já recebeu mesmo o apoio declarado de Espanha, caso decida avançar -, ainda não assumiu a candidatura, mas tem assim até ao final do mês para o fazer.
Os serviços do Conselho da UE especificam que a 1 de dezembro próximo o presidente do Eurogrupo ainda em funções, Jeroen Dijsselbloem, “tenciona tornar públicos os nomes dos candidatos” à sua sucessão.
Até ao momento, ainda ninguém formalizou a candidatura, mas já manifestaram publicamente “interesse” o ministro eslovaco, Peter Kazimir, a letã Dana Reizniece-Ozola, e o luxemburguês Pierre Gramegna.
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