Em Lisboa, no Largo do Intendente, uma bandeira gigante da Palestina foi estendida na via pública, enquanto em Londres os manifestantes marcharam entre o centro da capital britânica e a sede do Governo, na Downing Street.

A polícia britânica confirmou a detenção de um manifestante, que identificou como o “líder dos cânticos”, por um delito de “ordem pública agravada e alegados danos criminais” por ter entoado frases de ordem como “Intifada, Revolução” ou “Governo britânico, cuidado. A Palestina está de volta”, segundo relatou o jornal Daily Mail.

Na manifestação em Paris, apelou-se ao Presidente francês, Emmanuel Macron, para que tome uma posição mais forte a favor de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, cenário de uma guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas desde outubro passado.

Entretanto, em Berlim, várias associações, incluindo judaicas, manifestaram-se a favor da Palestina e para denunciar o “genocídio” das forças israelitas.

Segundo a polícia, cerca de 5.400 pessoas participaram na manifestação, muito mais do que as 2000 inicialmente estimadas pelas autoridades.

Os participantes percorreram o trajeto entre o bairro de Kreuzberg e a Câmara Municipal de Berlim, na Alexanderplatz, sob o lema “A Palestina será livre”.

Houve também protestos na capital dinamarquesa, Copenhaga, onde os manifestantes expressaram, à semelhança das outras manifestações na Europa, a sua solidariedade para com o povo palestiniano e críticas à guerra lançada por Israel contra a Faixa de Gaza.

A ofensiva militar israelita na Faixa de Gaza provocou mais de 35 mil mortos e perto de 80.000 feridos em sete meses, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.

O atual conflito foi desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, de acordo com as autoridades israelitas.

A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa “situação de fome catastrófica” que já está a fazer vítimas – “o número mais elevado alguma vez registado” pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.