Num encontro com milhares de voluntários da JMJ, em Algés, no último ponto da visita do Papa Francisco a Portugal, Manuel Clemente agradeceu ao líder da Igreja Católica este acontecimento.

“Muito obrigado, Santo Padre, por esta Jornada tão especialmente vossa, em tempos tão carecidos de acontecimentos assim, que reúnam a juventude mundial em torno de objetivos a que não podemos renunciar, como discípulos de Cristo e irmãos de todos os homens e mulheres desta casa comum, que tem de ser cada vez mais de todos para todos”, afirmou o cardeal-patriarca, naquela que poderá ser uma das sua últimas intervenções antes da nomeação do seu sucessor no Patriarcado, que se espera que ocorra nos próximos dias.

Mais de 25 mil voluntários de mais de 140 países participaram na JMJ, que decorreu desde terça-feira em Lisboa. As principais origens dos voluntários são: Portugal, Espanha, França, Brasil e Colômbia, segundo a organização.

“A generosidade dos voluntários que possibilitaram a realização desta Jornada Mundial da Juventude é expressão de que tal pode realmente acontecer. É uma profecia do mundo a construir. A vossa presença, Santo Padre, reforça-nos a certeza de que assim há de ser”, salientou.

Manuel Clemente deixou ainda uma referência ao bispo auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, que os milhares de voluntários no recinto saudaram com aplausos.

Dos voluntários, o cardeal-patriarca disse serem “o rosto mais expressivo de uma juventude com que a Igreja e o mundo podem contar, para rejuvenescerem também, em comunhão e solidariedade redobradas”.

“Podemos chamar-lhes a ‘geração JMJ 2023’. Ficarão certamente marcados pelo que fizeram, porque o bem praticado melhora sempre quem o faz”, salientou.

“Trabalharam alguns durante anos, outros nos tempos mais chegados, mas todos com um entusiasmo contagiante que conseguiu vencer os naturais cansaços e desafios. Demonstraram todos eles que as possibilidades são do tamanho dos corações e acontecem quando não deixamos de avançar na senda do bem e da entrega ao bom serviço de todos”, destacou Manuel Clemente.

Ao longo da Jornada, o Papa Francisco reforçou a mensagem de que “a Igreja é para todos” e a necessidade de cuidar da “casa comum”, a Terra.

A JMJ, que decorreu entre terça-feira e hoje, teve participação de cerca de 1,5 milhões de pessoas nos vários eventos que decorreram no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo. A Jornada, cuja próxima edição decorrerá em 2027 em Seul, é considerada o maior acontecimento da Igreja Católica.