De acordo com o jornal Sunday Times, a líder conservadora ter-se-á oposto à participação do monarca na conferência, quando se reuniu com o rei no mês passado no Palácio de Buckingham.
Embora não houvesse qualquer desmentido oficial, outros meios de comunicação britânicos citaram o palácio e fontes governamentais não identificadas para explicar que Carlos III tomou a decisão de não ir ao evento após consulta com a primeira-ministra e que qualquer sugestão de desacordo era falsa.
Segundo as regras que regem a monarquia constitucional britânica, o rei está impedido de interferir na política. Por convenção, todas as visitas oficiais ao estrangeiro de membros da família real são realizadas de acordo com o conselho do governo e uma decisão como esta teria resultado de consulta e acordo.
Antes de se tornar rei, quando a Isabel II morreu a 8 de setembro, houve especulações de que Carlos viajaria até à cimeira na anterior condição de Príncipe de Gales.
Carlos participou na cimeira climática anterior (COP26), no ano passado, em Glasgow (Escócia), mas a sua participação na conferência deste ano nunca foi confirmada. A COP27 tem lugar de 16 a 18 de novembro na estância turística de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho.
Quando era Príncipe de Gales, Carlos chegou a ser acusado de ingerência em matérias governamentais. Após subir ao trono, o novo monarca britânico admitiu que teria menos liberdade para se expressar publicamente. “A minha vida irá, naturalmente, mudar à medida que assumir as minhas novas responsabilidades”, disse o rei num discurso televisivo, após a morte de sua mãe.
“Já não me será possível dar tanto do meu tempo e energias às instituições de caridade e às questões pelas quais tanto me preocupo. Mas sei que este importante trabalho irá continuar nas mãos de outros”, finalizou.
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