“A Carris Metropolitana funde, simplifica e uniformiza a operação rodoviária nos cerca de 3.000 km2 dos 18 concelhos da AML, contando, para já, com mais de 20 mil horários / circulações num dia útil (mais 20% do que os horários do serviço anterior à Carris Metropolitana)”, refere a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) em comunicado.
A funcionar desde o verão na margem sul do Tejo, no distrito de Setúbal, a Carris Metropolitana chega em 2023 aos concelhos da AML no distrito de Lisboa, nomeadamente Cascais, Amadora, Lisboa, Oeiras, Sintra, Loures, Odivelas, Mafra e Vila Franca de Xira.
O serviço completo representa “30% de aumento no número de quilómetros em operação”, assinala a TML, isto num total superior a 12 mil paragens e a 700 linhas, sendo que cerca de 13% são carreiras novas.
Apesar de este sistema ser gerido pela TML, são os operadores privados que venceram a concessão das áreas que vão assegurar os serviços, tendo ao dispor uma frota de 1.575 viaturas, das quais cerca de 70% têm uma idade média inferior a um ano, o que representou um investimento a rondar os 250 milhões de euros, acrescenta a empresa.
A Transportes Metropolitanos de Lisboa assume ainda ser “o maior projeto deste género” em Portugal e pretende tornar o transporte público “a principal opção para assegurar a mobilidade na área geográfica mais movimentada do país”.
Prevista inicialmente arrancar a 01 de julho, o lançamento da Carris Metropolitana no distrito de Lisboa foi adiada devido à falta de viaturas e de motoristas no início das operações na margem sul da AML, sendo criticada por autarquias, sindicatos e utilizadores por problemas no funcionamento das linhas.
Em novembro, a TML indicou que as operadoras “assumiram estar em condições de iniciar a operação rodoviária” e asseguraram ter “o número de viaturas e de motoristas necessários para a oferta prevista contratualmente, que pressupõe desde logo um aumento significativo de linhas e horários”.
A Viação Alvorada (que resulta da fusão da Scotturb e da Vimeca) é responsável pela “área 1”, composta pelos concelhos de Oeiras, Sintra e Amadora e com ligações intermunicipais com Lisboa e Cascais.
Já a Rodoviária de Lisboa, juntamente com outras empresas do Grupo Barraqueiro, como a Santo António, a Mafrense ou a Isidoro Duarte, mantém o serviço em Loures, Odivelas, Mafra e Vila Franca de Xira (“área 2”), assegurando viagens intermunicipais com Lisboa.
Em declarações à Lusa, o presidente do sindicato dos trabalhadores da Rodoviária de Lisboa, João Casimiro, diz que, nesta empresa, a contratação de mais de 300 motoristas não é “suficiente” para a nova oferta prevista. A TML indica que a Carris Metropolitana conta com cerca de 3.000 motoristas.
Na margem sul, a “área 3” (Almada, Seixal e Sesimbra) foi concessionada aos Transportes Sul do Tejo (TST) e a “área 4” (Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal) à Alsa Todi, que assegura ainda as ligações intermunicipais ao Barreiro e para a zona do Alentejo central.
A Carris Metropolitana vai atuar em 15 dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, assegurando ligações intermunicipais com três concelhos que mantêm transportadoras internas: os Transportes Coletivos do Barreiro (TCB), no concelho do Barreiro, a Mobi Cascais, em Cascais, e a Carris, em Lisboa.
Entre novas carreiras e a manutenção das atuais, os horários podem ser consultados nas paragens ou no ‘website’ da Carris Metropolitana, onde também é possível usar um “conversor de linhas” que mostra o novo número das carreiras que já existiam.
Comentários