A verba tem por objetivo apoiar famílias migrantes da América Central que se refugiam nos Estados Unidos da América.

Grande parte do dinheiro pedido (cerca de 4,016 mil milhões de euros) é para ser utilizado para ajuda a famílias imigrantes, que sofreram com a pobreza e violência nos seus países de origem. O departamento de segurança interna norte-americano disse que ficou sem dinheiro para ajudas humanitárias.

"Os projetos do Departamento de Segurança Interna [DHS, sigla da designação original em inglês] estão esgotados e ficarão sem recursos antes do fim do ano fiscal", lê-se no pedido formal da administração Trump para o Congresso, a que a agência Associated Press teve acesso.

Este pedido ao Congresso é o último de um conjunto de esforços da administração para combater o que chamam de "crises", que fontes oficiais, dizem ter esgotado os recursos e capacidades federais.

O Presidente Donald Trump pede igualmente ao Congresso para que se faça mais para resolver a situação, mas também deixou claro que a sua dura linha face à imigração foi a chave para a sua vitória em 2016, e que é sua intenção continuar a mantê-la até 2020, quando se realizarem as próximas eleições.

Em dezembro, uma criança, originária da Guatemala, morreu quando estava ao cuidado dos Serviços de Saúde norte-americanos, estando a sua morte a ser investigada.

Duas outras crianças morreram quando estavam sob a custódia dos serviços de proteção dos EUA, no último ano, depois de detidas na fronteira com o México.

O orçamento norte-americano para o ano fiscal de 2019 apenas dispõe de 415 milhões de dólares (cerca de 370 milhões de euros) para o departamento de assistência humanitária, incluindo 28 milhões para cuidados médicos, disse um oficial sénior da administração, que preferiu manter o anonimato.

Por isso, a Casa Branca quer agora uma dotação extra de 3,3 mil milhões de dólares (cerca de 2,945 mil milhões de euros), para aumentar a sua capacidade de acompanhar crianças imigrantes, aumentar apoio e cuidados de saúde às famílias e garantir transporte para os centros de atendimento.

Do novo pedido ainda fazem parte cerca 1,1 mil milhões de dólares (perto de 981 milhões de euros) para suporte operacional, incluindo despesas com pessoal, camas nas prisões, transportes e trabalho de investigação.

Há ainda 178 milhões de dólares (perto de 159 milhões de euros) que se destinam a missões de suporte, incluindo 'upgrades' tecnológicos.