Avança o Jornal de Notícias que um casal de médicos foi agredido no Hospital de São Bernardo, em Setúbal. O caso terá acontecido no último dia do ano, 31 de dezembro.
O agressor, um paciente sexagenário, esperou várias horas até ser atendido. Uma vez no gabinete, começou por ameaçar a médica que terá depois pedido auxílio ao marido, clínico do mesmo hospital.
O casal acabou por ficar sequestrado dentro do gabinete e o paciente atirou-lhes com mesas e cadeiras.
O caso obrigou à intervenção do agente da PSP de serviço no hospital, escreve o jornal, que teve de arrombar a porta.
Este caso é dado a conhecer depois de um médico de clínica geral ter sido agredido a soco e a pontapé por um doente, durante uma consulta no Centro de Saúde de Moscavide, Lisboa. Esta agressão a ocorreu na terça-feira, 31 de dezembro, à tarde.
O médico contou que o utente, de 20 anos, lhe pediu uma vacina da gripe e que lhe passasse uma renovação da baixa, retroativa a 26/12/2019. Como o médico se recusou, foi agredido pelo utente com a ajuda da namorada deste.
Este é o terceiro caso em poucos dias. No dia 27 de dezembro, uma médica, de 65 anos, foi esbofeteada e espancada, e teve que ser operada a um olho, depois de ter sido agredida por uma mulher de 25 anos, que ficou em liberdade apesar de ter espancado violentamente a médica que a atendeu também na Urgência do Hospital de São Bernardo, Setúbal.
A agressão resultou do facto da médica ter informado a agressora de que não estava grávida e que, por isso, poderia aguardar pelo exame na sala de espera.
Mais de 600 incidentes de violência contra profissionais de saúde foram registados nos primeiros seis meses de 2019, sendo que a maioria das notificações respeitam a assédio moral ou violência verbal.
Os dados disponibilizados pela Direção-geral da Saúde mostram um acumulado ao longo dos anos de 4.893 notificações de violência contra profissionais de saúde até final de junho de 2019.
Entre o final de 2018 e o fim de junho de 2019 registou-se um acréscimo de 637 incidentes de violência.
Assim, durante o primeiro semestre de 2019, a Direção-geral da Saúde (DGS) recebeu uma média mensal de 100 casos de violência contra os profissionais de saúde.
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