Segundo o despacho de hoje do tribunal devido à “extensão e a complexidade dos autos”, as sessões de audiência de julgamento para os dias 03, 06, 07 e 09 de novembro ficam sem efeito.

O despacho determina igualmente a repetição das audições das testemunhas ouvidas nas sessões nos dias 24, 30 e 31 de outubro, ou seja, as audiências realizadas após o pedido de escusa da juíza adjunta.

A interrupção e a repetição das inquirições das testemunhas Rui Silveira, Joaquim Goes, Carlos Andrade, Maria Vilar, Manuel Espírito Santo Silva, Carlos Beirão da Veiga e Carlos Cortez devem-se ao afastamento da juíza-adjunta Margarida Ramos Natário, após notícias de que tinha sido casada com António Miguel Natário Rio Tinto, que desempenhou diferentes cargos em diversas entidades do GES e que este teria recebido 1,2 milhões de euros através da sociedade ES Enterprises, considerado o ‘saco azul’ do GES.

Manuel Pinho, em prisão domiciliária desde dezembro de 2021, é acusado de corrupção passiva para ato ilícito, corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal.

A mulher do ex-ministro, Alexandra Pinho, está a ser julgada por branqueamento e fraude fiscal - em coautoria material com o marido -, enquanto o ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, responde por corrupção ativa para ato ilícito, corrupção ativa e branqueamento.