Em comunicado, o Ministério da Saúde adianta hoje que dirigentes dos SPMS, “em particular” os presidente e vogal do Conselho de Administração, colocaram à disposição os respetivos lugares, mas o Ministério entendeu aguardar pelas conclusões da averiguação pedida à Inspeção-geral das Atividades de Saúde (IGAS).

O Ministério adianta que regista “como positiva” a atitude tomada pelos dirigentes de colocarem à disposição os seus lugares, mas entende como adequado esperar pelas conclusões da IGAS, que “habilitarão a uma tomada de decisão definitiva, justa e fundamentada”.

Em causa estão “factos ocorridos em junho de 2015” e que, segundo o Ministério, “carecem de clarificação ao nível do seu contexto ético, jurídico e institucional”.

De acordo com o jornal Expresso, trata-se de uma viagem realizada entre 2 e 6 de junho de 2015, envolvendo cinco dirigentes do Ministério da Saúde. Em fevereiro do mesmo ano, outro destacado funcionário do Estado, Carlos Santos, da Autoridade Tributária, viajou para a China “com tudo pago”.

O jornal cita uma fonte ligada ao processo, segundo a qual a empresa pagou “tudo, mesmo tudo”, incluindo a alimentação.

A viagem incluiu uma visita ao Hospital de Zheng Zhou para observar como funciona o sistema de telemedicina da unidade e outra à sede da tecnológica em Shenzhen, perto de Hong Kong.

“Os altos quadros dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) que viajaram a convite são Artur Trindade Mimoso, vogal executivo do conselho de administração, Nuno Lucas, diretor de sistemas de informação, Ana Maurício, diretora de comunicação, Rui Gomes, diretor de sistemas de informação e Rute Belchior, diretora de compras”, lê-se na notícia do Expresso.

Os SPMS confirmaram ao jornal a deslocação “suportada pela entidade que organizou a visita”, justificando-a com “objetivos prioritários” de adquirir e partilhar conhecimentos sobre "os recursos, modelos e estratégias diferenciadoras utilizadas no âmbito da telemedicina”.

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