“O diagnóstico final foi feito pelos médicos tendo em consideração diversos estudos químicos e toxicológicos: desregulação do metabolismo glicídico; pancreatite crónica com alteração” de certas funções, declarou o serviço de imprensa da polícia russa na Sibéria.

“O diagnóstico de um envenenamento (…) não foi confirmado”, sublinhou num comunicado.

No final de agosto o opositor russo sentiu-se mal e desmaiou durante um voo na Sibéria. Após dois dias hospitalizado, Navalny foi autorizado a ser tratado na Alemanha.

Segundo três laboratórios europeus, cujas conclusões foram confirmadas pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), Alexei Navalny foi envenenado por um agente neurotóxico do grupo Novichok, substância criada durante a época soviética.

O opositor, que continua em convalescença na Alemanha, acusou diretamente o presidente russo, Vladimir Putin, de estar por trás do seu envenenamento, o que é refutado por Moscovo.

Conforme as versões, as autoridades russas rejeitam qualquer ideia de envenenamento ou acusam os serviços secretos ocidentais, pessoas próximas do opositor ou ele próprio da autoria.

O diretor do serviço de informações externas russo (SVR), Serguei Narychkine, sustentou hoje que a morte de Navalny o tornaria uma “vítima sacrificial” útil aos ocidentais para “relançar o movimento de protesto na Rússia”.

“É muito triste ver o que aconteceu às informações russas”, reagiu Navalny na rede social Facebook, qualificando Narychkine de “imbecil”.

Na rede social Twitter, comentou: “É engraçado que apareçam no mesmo dia, Narychkine a dizer que fui envenenado pelos países da NATO e a história do Ministério do Interior afirmando que não houve envenenamento”.

“Aparentemente, os países da NATO convenceram-me a fazer uma dieta mortal”, ironizou, numa referência a uma das versões avançadas por Moscovo, de que os problemas de saúde do opositor estavam ligados a uma alimentação desequilibrada.

O alegado envenenamento de Navalny prejudicou ainda mais as relações entre a Rússia e o Ocidente e seis altos funcionários russos foram sancionados pela União Europeia por ligações ao caso.

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