Quim Torra pediu ainda ao ministro do Interior, Miquel Buch, para abrir uma investigação para apurar responsabilidades, no caso de ter havido cargas policiais que não tenham cumprido os protocolos durante os incidentes de violência envolvendo as manifestações dos últimos dias, contra a condenação de vários dirigentes independentistas.
Durante uma conferência de Imprensa, Quim Torra queixou-se de estar a ser ignorado pelo Governo central de Espanha, lamentando o “silêncio clamoroso” desde Madrid e pedindo “um diálogo sem condições”, porque “em democracia os problemas resolvem-se com diálogo”.
“Pelo quarto dia consecutivo, telefonei ao Presidente Sánchez e ele, mais uma vez, não me devolveu a chamada. Penso que após este quarto dia a irresponsabilidade aumentou e internacionalmente (…) ninguém pode entender que, neste momento, ele não responda ao presidente da Catalunha”, afirmou Quim Torra.
O presidente da Generalitat (governo regional) referiu-se ainda aos apelos nas redes sociais, com o ‘hashtag’ “#Espanha senta-te e fala”, dizendo que com esse diálogo “a democracia ficaria mais forte”.
Torra aproveitou para pedir ao Governo de Espanha para averiguar a legitimidade das cargas policiais, sugerindo que o Ministério do Interior forme uma comissão de inquérito no Parlamento que “apure todas as responsabilidades” sobre os incidentes de violência que já provocaram centenas de feridos e dezenas de detenções, nas ruas de Barcelona.
O apelo ao diálogo do dirigente catalão foi acompanhado por idêntico vindo do porta-voz do governo basco, Josu Erkoreka, que hoje disse que Pedro Sánchez deveria “restabelecer a comunicação entre as instituições”.
“Mais cedo ou mais tarde, o diálogo terá de acontecer na Catalunha”, concluiu o porta-voz basco.
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