No âmbito de uma visita às oficinas das oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) em Guifões, Matosinhos, distrito do Porto, a bloquista defendeu que o país precisa de “mais ferrovia” e de uma estratégia que combata as alterações climáticas e, essa passa, por este meio de transporte.
“Foi aprovado em 2015, por proposta do BE, um projeto de resolução para um plano ferroviário nacional que incluía, entre outras coisas, aumentar a capacidade instalada no país, tanto em termos de manutenção como de construção de material circulante. E percebe-se bem porquê, basta olhar para a CP em que as carruagens tem uma idade média de 30 anos”, disse.
Se Portugal não investir na sua capacidade instalada industrial significa que está a gastar dinheiro na mesma e a comprar lá fora e, portanto, a não criar emprego, frisou.
A coordenadora do BE realçou que o país tem de investir mais na manutenção e construção de material circulante porque esse investimento é também na criação de postos de trabalho.
A título de exemplo, Catarina Martins falou na situação das oficinas de Guifões e apelidou-a de “boa imagem” do que se pode fazer melhor, contando que tem duas alas e apenas uma está ocupada.
“Aqui [Guifões] a capacidade instalada está subaproveitada”, vincou.
Portugal ter capacidade instalada é uma “necessidade absoluta” para a economia, afirmou, explicando que isso não é contra nenhum país e fechamento.
“Precisamos muito de investir no nosso país e de aqui criar emprego e a ferrovia é onde estão projetados enorme investimentos e bem, claro, porque é o transporte do futuro, o mais sustentável e o mais adequado”, salientou.
Contudo, Catarina Martins ressalvou que esse investimento também se deve traduzir em aumento de emprego.
Além da aposta na ferrovia, a coordenadora do BE denunciou alguns problemas laborais na EMEF, nomeadamente uns relacionados com a subcontratação de uma empresa de limpeza que não está a pagar as contribuições para a Segurança Social e outros com uma outra empresa, igualmente subcontratada, que não está a respeitar a carreira dos trabalhadores.
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