“Os portugueses não esquecem”, disse hoje Catarina Martins em resposta às declarações da presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, que durante o congresso centrista realizado no último fim de semana, considerou possível transformar o partido na “grande alternativa à esquerda”.
Para Catarina Martins “não deixa de ser irónico que [Cristas] venha agora falar das suas responsabilidades para com o território”, quando, enquanto ministra do Governo PSD/CDS “cortou pensões aos reformados, fechou serviços públicos e fez a lei que liberalizou os eucaliptos”.
Em Alcobaça, onde hoje participou num a sessão sobre o “O papel da mulher na política”, na Escola Secundária D. Inês de Castro, Catarina Martins, falou ainda aos jornalistas sobre o protelamento do prazo para a limpeza dos terrenos agrícolas.
“Limpar os terrenos é uma obrigação solidária de toda a população, das autarquias e do Estado central”, lembrou a líder do Bloco, escusando-se a “discutir o prazo”.
Contudo, alertou que “se não for feito até ao verão já não vale a pena”.
A decisão sobre o alargamento do prazo é “da competência do Governo”, mas, independentemente da data, defendeu Catarina Martins, o que tem que haver é “uma decisão mesmo" para que este ano seja "diferente”.
Os proprietários dos terrenos agrícolas têm até 15 de março para limpar as matas, mas autarquias e proprietários tem reclamado um alargamento do prazo.
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