“Encaro esta greve com naturalidade e como um alerta para um país que, estando melhor, tem que por o crescimento económico e a consolidação das contas públicas ao serviço das pessoas. Temos que sentir nas vidas concretas que o país está melhor e não serem apenas números abstratos”, disse, durante uma visita a associações de apoio a imigrantes, idosos e crianças no Vale da Amoreira, concelho da Moita.

Catarina Martins referiu que existem indicadores do ponto de vista da economia e das contas públicas que fazem “o país perceber que estamos melhor”, mas lembrou que existem problemas por resolver.

“Existe um problema com o congelamento de carreiras e salários durante mais de 10 anos na administração pública que tem que ser resolvido. É também uma greve que defende os serviços públicos, porque se as escolas dizem que não existem meios suficientes, estão a defender as pessoas que precisam da escola. Se dizem que nos centros de saúde e hospitais faltam coisas para funcionar, estão a defender os utentes”, frisou.

A coordenador do Bloco de Esquerda afirmou ainda que as opções políticas são tomadas com o diálogo, lembrando que existe um compromisso de descongelar as carreiras da função pública.

“É um compromisso que existe e que tem que ir para a frente no próximo orçamento de estado. Também as 35 horas da função publica chegou a um número limitado, muitos passaram a trabalhar 40 horas e não receberam mais e isso também é para resolver. Temos também que ter capacidade de o estado social responder as populações”, defendeu.

Catarina Martins, que considerou também que o alojamento local é um problema que tem que ser analisado, explicou que têm estado a conversar sobre alterações nos escalões do IRS.

“O governo já compreendeu que vai ter que ir mais longe e estar de acordo com os acordos que assinou e que preveem o aumento dos escalões do IRS. Continuamos a conversar e as negociações fazem-se à mesa”, concluiu.

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