António Cunha falava após ter participado na reunião entre o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e o Presidente da Xunta de Galicia, Alfonso Rueda, que decorreu em Lisboa e de onde retirou resultados positivos, disse.

“No contexto dos novos investimentos anunciados pelo Governo foi reiterada pelo ministro Pinto Luz a prioridade do investimento da ligação Lisboa-Porto-Vigo e isso é algo que nos deixa mais sossegados”, acrescentou o dirigente da CCDR-N.

E prosseguiu: “o importante é que [sobre] estes dois processos, que são muito importantes para Portugal – quer na ligação entre Lisboa e Madrid quer a ligação entre Lisboa, Porto e Vigo, sendo que para o Norte e Galiza a segunda é absolutamente estrutural – foi dito e anunciado pelo Governo que continua a ser uma prioridade, que foram reafirmadas as datas para a sua execução e que estão a ser feitos os desenvolvimentos do lado português e espanhol”.

Sobre o projeto Lisboa-Porto-Vigo, apontado para estar pronto em 2032, António Cunha lembrou que o lado português “exige mais investimento, pois [enquanto] do lado galego é apenas a ligação entre Vigo e a fronteira”, o lado português implica “a ligação entre o Porto, aeroporto Sá Carneiro, Braga e Valença, uma distância maior, [tal como] o esforço financeiro”.

A ligação Lisboa-Vigo irá completar-se em cerca de duas horas, concretizando o objetivo da União Europeia para a mobilidade inteligente e sustentável que visa duplicar o tráfego ferroviário de passageiros de alta velocidade.

Questionado se os valores com que o Governo está a trabalhar são os “sete ou oito milhões e euros de investimento previstos pelo anterior executivo”, o líder nortenho revelou: “o que é conhecido e foi reiterado é que vão entrar em fase de contratação dos projetos de engenharia finais para estas ligações. Só com base nisso haverá os valores finais e poderão ser corrigidos. É evidente que podem ser corrigidos”.

“Foi muito importante ver a determinação com que o Governo anuncia estes projetos e, portanto, isso dá-nos uma confiança muito grande e, tal como foi dito pelo ministro Pinto Luz, é um projeto que tem um grande consenso nacional. É um projeto para quase uma década, estamos a falar de algo a oito anos de distância (…) mas que tendo um grande consenso político nos deixa confiantes”, continuou António Cunha.

Todavia, para o responsável, o “otimismo, aqui, é sempre moderado porque são projetos extremamente ambiciosos e difíceis e haverá imensas dificuldades pelo caminho”.

A ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), para depois de 2030, terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).

No total, segundo o anterior Governo, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete a oito mil milhões de euros.