Em declarações esta tarde aos jornalistas, na Amadora, à margem de uma cerimónia sobre o 25 de Novembro de 1975, Assunção Cristas comentou o acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia (EU), apontando o posicionamento que Portugal deverá adotar no futuro, caso este se efetive.
“Concluindo-se o processo, Portugal deve, com certeza, procurar ter uma relação bilateral forte com o Reino Unido, por muitíssimas razões: os portugueses que lá vivem, as relações comerciais. Relembro que o Reino Unido é o nosso quarto mercado exportador”, sublinhou a líder centrista, num tom cauteloso, uma vez que “o processo ainda não está fechado”.
Assunção Cristas defendeu ainda que, se o Reino Unido realmente sair da UE, Portugal deverá “ter uma voz mais ativa na defesa marítima e atlântica” e instou o Governo a apoiar as empresas portuguesas na procura de mercados alternativos que lhes permitam “minimizar os eventuais impactos do ‘Brexit’”.
Apesar de deixar estes conselhos, a líder centrista lamentou a decisão do Reino Unido, considerando que a permanência seria “mais benéfica” para os interesses da UE e de Portugal.
“O CDS sempre disse que este era um processo que nós não gostaríamos de ter visto. A União Europeia e Portugal ficariam certamente melhor com o Reino Unido na União europeia, mas foi esta a decisão”, atestou.
Os chefes de Estado e de Governo dos 27 validaram hoje, numa cimeira extraordinária em Bruxelas, o acordo de saída do Reino Unido da UE e a declaração política da relação futura entre as partes.
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