"Se se verificar uma vitória da esquerda será a terceira consecutiva e, obviamente, implica uma reflexão de toda a direita. Nós, de resto, prevenimos para isso mesmo, mas os deputados do CDS continuarão a fazer um trabalho para marcar as nossas cores e para fazer uma oposição forte e consistente e coerente, como sempre temos feito", afirmou.

O dirigente centrista desceu à sala onde estão os jornalistas, no primeiro andar da sede nacional do CDS-PP, para uma primeira reação da direção às projeções que apontam para um resultado entre 0,1% e 3,6%, e a diminuição do número de deputados eleitos.

Questionado sobre a possibilidade de este ser o pior resultado do CDS, Pedro Melo salientou que os centristas estão "habituados a esperar, podem cair mandatos mais à frente e, portanto, é muito prematuro estar a comentar isso".

Pedro Melo recusou assumir uma derrota, defendendo que "os resultados são ainda muito preliminares" e é necessário apurar o resultado do partido "em termos de mandatos".

“Quanto ao CDS nós estamos habituados a esperar, temos de esperar mais umas horas, mas quero dizer que obviamente que a esquerda, se voltar a ter maioria no parlamento, terá uma oposição forte por parte do CDS, como sempre teve”, referiu.

E apontou que "chegaram a vaticinar que o CDS não iria ter representação parlamentar, são eleições muito polarizadas, muito fragmentadas no centro-direita".

“Vamos esperar até ao final da noite, mas obviamente que todo o contexto tem de ser considerado”, salientou o também cabeça de lista por Santarém.

Quanto a consequências políticas, "isso é uma reflexão que tem de ser feita no final da noite ou mesmo amanhã [segunda-feira], não é agora o momento oportuno para o efeito", defendeu.

O vice-presidente defendeu também que "o CDS teve sempre influência na direita e vai conseguir marcar essa influência na direita, isso é seguro".

"Vamos ver com quantos mandatos", acrescentou.

As projeções que apontam para o pior resultado do CDS-PP em eleições legislativas foram recebidas na sede do CDS-PP com silêncio e preocupação entre os apoiantes que se encontram na sala onde está também a imprensa.

As projeções dos resultados eleitorais divulgadas por RTP, SIC, TVI e CMTV dão a vitória ao PS nas eleições legislativas de hoje, com entre 36,6% e 42,6% dos votos, seguindo-se o PSD, com entre 26,7% e 32,7%.

Quinze minutos antes de serem divulgadas as projeções das televisões, cerca de duas dezenas de apoiantes do CDS, maioritariamente jovens, entraram na sala onde estão os jornalistas, no primeiro andar da sede do partido, para acompanharem o anúncio na única televisão colocada naquela divisão.

Entre eles, o presidente da Juventude Popular (JP), Francisco Camacho, e o secretário-geral daquela estrutura, Tomás Amaro Monteiro.

Quanto entrou na sala, Pedro Melo foi aplaudido por esses jovens e todos os elementos do partido retiraram-se quando terminou o seu comentário.

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, chegou à sede do partido pelas 17:30 e entrou no edifício pela garagem, não tendo prestado declarações à comunicação social.

O líder está desde então no segundo andar da sede centrista, no Largo Adelino Amaro da Costa, em Lisboa, acompanhado pelo antigo presidente do partido José Ribeiro e Castro, o secretário-geral Francisco Tavares, o secretário-geral adjunto João Campelos, além de membros da sua direção e alguns cabeças de lista.

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