O presidente do Conselho Nacional, Filipe Anacoreta Correia, pôs à consideração dos membros a decisão sobre o modo como será votada a moção de confiança à comissão política nacional, apresentada pelo líder do partido.

Adolfo Mesquita Nunes, que propôs a realização de um congresso eletivo antecipado, não concordou com esta decisão e anunciou que iria abandonar a reunião.

O antigo dirigente defendeu que o Conselho Nacional deve acatar o parecer do Conselho Nacional de Jurisdição, emitido na sexta-feira, que estabelece que "a votação de moções de confiança à Comissão Política Nacional deve ser realizada por escrutínio secreto".

Considerando que a decisão de Anacoreta Correia é "ilegal, é cobarde", Mesquita Nunes frisou que não queria "participar num Conselho Nacional que viola os estatutos".

Contudo, depois de ter sido aprovado o voto secreto, o antigo vice-presidente do CDS-PP voltou à reunião. No Twitter, justificou o seu regresso.

"Saí dos trabalhos porque não pactuo com uma ilegalidade. Volto porque a legalidade, depois de tanta pressão, prevaleceu", escreveu o dirigente.

Adolfo Mesquita Nunes acrescentou que "foram cinco horas a discutir uma coisa que podia e devia ter sido resolvida em cinco minutos".