"É urgente normalizar a situação da Caixa Geral de Depósitos, credibilizar externa e internamente a Caixa, assim o Governo lhe dê condições, o dr. Paulo Macedo tem a competência e as condições necessárias para desempenhar bem o cargo", afirmou Nuno Magalhães aos jornalistas no parlamento.
Após a confirmação do Governo de que Paulo Macedo será o novo presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), o presidente do grupo parlamentar centrista sublinhou que a polémica em torno do banco público "nunca foi uma questão de nomes", mas "uma questão legal e ética".
"Quem quer ser gestor público, tem de cumprir a lei", afirmou.
"O CDS sempre defendeu a existência de um banco público a 100%, forte e credível. Para isso é essencial e urgente que se faça processo de recapitalização do banco. Todo este processo foi uma irresponsabilidade e uma trapalhada do Governo e do primeiro-ministro, que assumiu compromissos em nome do Governo que não podia assumir, que passavam pela mudança lei da competência da Assembleia da República", sustentou.
Para Nuno Magalhães, "este processo causou dano, prejuízo, à Caixa Geral de Depósitos, aos seus trabalhadores, aos seus depositantes e também ao país".
"Reiteramos a exigência dos esclarecimentos que já pedimos em sede própria, a comissão de inquérito, sobre o processo anterior", declarou.
O Governo convidou Paulo Macedo para presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e Rui Vilar para 'chairman', tendo ambos aceitado os convites, informaram hoje as Finanças.
Em comunicado hoje emitido, o ministério de Mário Centeno indica que "o Governo decidiu convidar o doutor Paulo Macedo para CEO [presidente executivo] da CGD, tendo o convite sido aceite", e que, "para 'chairman' [presidente do Conselho de Administração] da CGD foi convidado o doutor Emílio Rui Vilar, convite esse que também foi aceite".
Na nota, a tutela refere que o Governo está, em conjunto com Paulo Macedo e Emílio Rui Vilar, "a trabalhar na definição da composição do restante Conselho de Administração" da Caixa, reiterando que "o processo de nomeação do novo Conselho de Administração da CGD segue assim o seu curso normal".
No passado domingo, António Domingues apresentou a demissão do cargo de presidente do conselho de administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
À polémica em torno da entrega das declarações de rendimentos pela nova administração da CGD, que António Domingues se recusava a cumprir, juntou-se, em seguida, uma nova polémica relacionada com a eventualidade de Domingues estar na posse de informação privilegiada sobre a CGD quando participou, como convidado, em três reuniões com a Comissão Europeia para debater a recapitalização do banco, quando ainda era quadro do BPI.
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