“Não fora o CDS e o seu sentido de responsabilidade e não haveria maioria parlamentar para a Madeira ter um Governo, um Programa [para a legislatura 2024-2028] e um Orçamento [para 2024], afirmou o líder da estrutura regional do partido, José Manuel Rodrigues.
O dirigente centrista, que falava no âmbito da reunião do Conselho Regional do partido, que decorreu numa unidade hoteleira, no Funchal, congratulou-se com a “normalização da vida política regional”, afirmando que o CDS-PP “contribuiu decisivamente” para tal com o voto favorável ao Programa e ao Orçamento apresentados pelo executivo social-democrata minoritário, liderado por Miguel Albuquerque.
"O Conselho Regional manifesta a sua satisfação pelo facto de o Programa de Governo integrar mais de 80% das suas propostas e pelo facto de o Orçamento para 2024 [que entrou em vigor na segunda-feira] dar tradução prática a propostas que reduzem os impostos sobre o trabalho e o consumo”, disse.
José Manuel Rodrigues destacou que o CDS-PP cumpriu a promessa feita na campanha para as eleições antecipadas de maio de não integrar o executivo, estando, no entanto, disponível para entendimentos com o PSD, o que resultou num acordo de incidência parlamentar, ainda assim insuficiente para garantir maioria absoluta.
No parlamento da Madeira são necessários 24 deputados para obter maioria absoluta, sendo que os sociais-democratas elegeram 19 e os centristas dois.
“A estabilidade política e a governabilidade da região sempre foram para o CDS valores essenciais que estão muito acima dos seus interesses partidários, sem o CDS não teríamos Governo nem Orçamento na Madeira”, afirmou líder centrista, que ocupa também o cargo de presidente do parlamento regional no âmbito do acordo com o PSD.
José Manuel Rodrigues indicou que o partido já começou a preparar “novas propostas” para negociar na Assembleia Legislativa o Orçamento da Região para 2025, esclarecendo que “vão no sentido da redução fiscal, do aumento do rendimento das famílias, novos incentivos à natalidade e à fixação dos jovens, de mais apoios à agricultura e às pescas e de reforço dos apoios sociais a quem precisa e não pode trabalhar”.
O Conselho Regional do CDS-PP/Madeira manifestou, por outro lado, “total apoio e solidariedade” às comunidades madeirenses na Venezuela e à residente na região, na sequência das eleições presidenciais de domingo, reafirmando a “necessidade de uma transparência total no resultado” e a “urgência de uma verificação independente internacional” para o apuramento real do sufrágio.
“Só assim será possível pacificar o país e fazer a reconciliação nacional na Venezuela, evitando mais violência e mais confrontos mortais”, disse José Manuel Rodrigues.
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