"O CDS estará preparado para ir a votos sozinho se for o caso", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos em entrevista à RTP3, salientando que "não é uma questão de vida ou de morte" o CDS apresentar-se a eleições legislativas em coligação ou não.
Questionado se já abordou com Rui Rio o tema de uma possível coligação pré-eleitoral, o líder do CDS-PP respondeu negativamente.
Sobre este tema, Francisco Rodrigues dos Santos defendeu que "os dois partidos juntos muitas vezes são maiores do que a soma das partes e permitem ganhar eleições à esquerda, quando separados muitas vezes isso não acontece", uma vez que o método de distribuição de mandatos, o método de Hondt, "favorece os grandes números, os somatórios de voto, e hoje em dia decide-se quem governa pelo número de mandatos na Assembleia da República".
"E juntos acho que os dois partidos conseguem chegar mais perto da maioria absoluta para poder governar", considerou.
No entanto, salientou que "uma coligação só fará sentido se for assente num programa" e se "o CDS tiver bandeiras para levar para esse programa que vinque a sua marca no quadro da governação".
Portanto, "tudo depende dos termos, das condições e do programa", indicou o presidente democrata-cristão.
O líder referiu também que "essa é uma questão que também tem de ficar resolvida e só pode ficar resolvida se for discutida", alertando que "o partido se estiver a debater-se internamente por um congresso não pode definir uma política de coligações".
Francisco Rodrigues dos Santos afirmou ainda que "ficaria satisfeito" de chegar ao Governo, apontando que "só falta levar a marca do CDS ao governo de Portugal", uma vez que o partido integra executivos em coligação com o PSD na Madeira, nos Açores e em cerca de 50 câmaras.
O presidente do CDS considerou ainda estar mandatado pelos militantes para decidir sobre coligações, mas apontou que é uma decisão que tem de ser "ratificada sempre em Conselho Nacional", o órgão máximo do partido entre congressos.
Os líderes de PSD e CDS-PP tiveram um encontro anunciado na semana passada, em Aveiro, que se destinava a "discutir a atual situação política, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado", mas acabou por ser adiado.
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