Na pergunta apresentada na Assembleia da República, o CDS lembra que em causa está uma ponte classificada como monumento de interesse público e questiona ainda se tem sido realizado “algum tipo de vistoria” à estrutura.
Trata-se da ponte de Parada, também conhecida por ponte do Bôco, que as câmaras de Amares e Vieira do Minho decidiram encerrar “de imediato” a todo o trânsito automóvel, por razões de segurança.
Segundo o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, a ponte “já tem o ferro à mostra” e apresenta “algumas fissuras”.
A ponte foi construída entre 1908 e 1909 e faz a ligação entre o lugar de Aldeia, freguesia de Parada do Bouro, concelho de Vieira do Minho, e o lugar de Dornas, freguesia de Bouro (Santa Maria), concelho de Amares.
É apontada como sendo a mais antiga ponte em betão armado do país, entre Amares e Vieira do Minho, distrito de Braga
As duas câmaras encomendaram ao professor da Universidade do Minho José Sena Cruz a elaboração de um estudo sobre o estado da ponte e de um caderno de encargos com todos os custos inerentes a uma intervenção de fundo na estrutura.
“Só depois é que se verá qual a melhor solução, que até pode passar pela construção de uma nova ponte”, sublinhou o presidente da Câmara de Vieira do Minho, António Cardoso.
As câmaras já tinham colocado sinalização a proibir a passagem de pesados, mas, segundo Manuel Moreira, “os camiões continuaram sempre a passar”.
Por isso, desta vez, as câmaras vão optar pela colocação de “barreiras físicas”.
Os dois autarcas reconhecem que o corte da circulação causa “grandes transtornos”, sobretudo aos pesados, que serão obrigados a um trajeto extra de “seguramente mais de 20 quilómetros”.
Já para os ligeiros, o desvio deverá rondar os cinco quilómetros.
Com um tabuleiro de 33 metros de comprimento e com apenas uma faixa de rodagem, a ponte do Bôco está classificada como imóvel de interesse público.
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