Em comunicado, as organizações Greenpeace, Stay Grounded, Extinction Rebellion e Scientist Rebellion referem que os ativistas, oriundos de 17 países, foram detidos depois de um “protesto pacífico”, exigem a sua “libertação imediata” e expressam a sua preocupação com os “relatos de uso excessivo da força contra os manifestantes” por parte da polícia.
Nas contas da polícia, citada pela agência noticiosa AP, foram detidos cerca de 80 ativistas.
A feira EBACE decorre no aeroporto de Genebra, onde o tráfego aéreo foi hoje interrompido durante cerca de uma hora, segundo a administração do aeroporto, na sequência do protesto dos ativistas, que entraram nos jatos em exposição e acorrentaram-se nas escadas de acesso às aeronaves, impedindo a entrada de visitantes.
De acordo com a operadora aeroportuária, quatro pessoas, incluindo ativistas e seguranças, ficaram feridas.
No comunicado, as organizações ambientalistas asseguram que “em nenhum momento” os ativistas “pretenderam interromper o tráfego aéreo comercial no aeroporto de Genebra”.
“Os ativistas optaram por não entrar nas pistas e apenas usar as vias de serviço, tal não deveria ter afetado as operações de voo em segurança de forma alguma”, argumentam.
O protesto de hoje, que aconteceu meses depois de ativistas climáticos terem bloqueado jatos privados no aeroporto de Amesterdão, nos Países Baixos, visava denunciar a poluição causada pelos voos de jatos privados e “a hipocrisia na promoção deste tipo de aviação” face à “crescente desigualdade social” e a “uma crise climática sem precedentes”.
Segundo os organizadores da feira, que decorre ao longo desta semana, os manifestantes perderam a oportunidade de um “diálogo construtivo” sobre a sustentabilidade na aviação privada.
Alegam que o setor está “profundamente comprometido com a ação climática”, tendo reduzido 40% das emissões de carbono nos últimos 40 anos.
O aeroporto de Genebra é o segundo aeroporto mais importante da Suíça depois do de Zurique.
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