Os manifestantes entoaram palavras de ordem contra o presidente do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que consideram responsável pela morte por ataque cardíaco de um dos detidos na sequência da invasão violenta no início deste ano das sedes do Supremo Tribunal Federal, do Executivo e do Congresso.
“Fora Xandão, fora Xandão (apelido de De Moraes)!”, “Assassino, assassino!”, gritaram os manifestantes, envoltos em bandeiras do Brasil, uma das marcas do bolsonarismo.
O protesto, convocado pelo pastor evangélico Silas Malafaia sob o lema “Em defesa do Estado Democrático de Direito”, foi uma das maiores expressões de descontentamento da direita desde os tumultos de 8 de janeiro, que o Supremo Tribunal considera uma tentativa de golpe.
Malafaia, um aliado próximo de Bolsonaro, desfilou no cimo de um camião equipado com som em plena Avenida Paulista, acompanhado por deputados e senadores, bem como pela família de Cleriston Pereira da Cunha, que morreu na passada segunda-feira numa prisão de Brasília, onde estava detido a aguardar julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
“O tempo dos juízes do Supremo Tribunal vai chegar”, ameaçou o deputado Marcel Van Hattem, que acusou o Supremo Tribunal de se considerar “acima da lei e da Constituição”.
A mobilização está longe dos níveis registados após as eleições presidenciais do ano passado, quando milhares de bolsonaristas se reuniram durante dias em frente a quartéis militares em todo o país, exigindo a intervenção do exército contra a vitória de Lula da Silva.
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